O presidente do Irã, Ebrahim Raisi, disse nesta segunda-feira (03/01) que o ex-presidente dos Estados Unido Donald Trump deve ser julgado pelo assassinato do general Qassim Soleimani, que aconteceu em meio a uma ofensiva norte-americana no aeroporto de Bagdá, no Iraque, em janeiro de 2020.
“Seria bom se o julgamento do Sr. Trump, Pompeo (ex-secretário de Estado dos EUA) e outros criminosos fosse realizado em um tribunal justo, onde seus crimes horríveis fossem julgados e eles enfrentassem a Justiça por suas ações”, disse Raisi, afirmando ainda que, do contrário, “a mão da vingança sem dúvida sairá da nação muçulmana”.
O presidente iraniano falou durante um evento que marca o aniversário da morte de Soleimani, descrito pelo mandatário como um “símbolo” da revolução iraniana e de “coragem e racionalidade”
Ainda no domingo (01/12), o representante de Teerã nas Nações Unidas, Majid Takht Ravanchi, pediu, por meio de uma carta, que o Conselho de Segurança da ONU responsabilize os EUA e Israel pela morte do general.
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Para Ebrahim Raisi, Trump deve ser julgado pelo assassinato de Soleimani
“Tendo em conta as terríveis implicações deste ataque terrorista na paz e segurança internacionais, o Conselho de Segurança tem de cumprir suas responsabilidades com base na Carta [das Nações Unidas] e responsabilizar os Estados Unidos e o regime israelense por planejamento, apoio e realização desse ataque terrorista”, escreveu o diplomata na carta, citada pela agência iraniana Mehr.
Segundo Ravanchi, Soleimani teve um papel significante no combate ao terrorismo internacional. Seu assassinato teria sido um “grande presente” a organização Daesh e outros grupos terroristas reconhecidos como tais pelo Conselho de Segurança da ONU.
Ravanchi disse que as Forças Armadas do Irã estão determinadas a continuar o trabalho de Soleimani, ajudando ativamente os países e governos da região na sua luta contra o terrorismo.
Qassim Soleimani, que pertencia à Força Quds do Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica (IRGC, na sigla em inglês), foi morto por um ataque de drone por ordem do então presidente norte-americano Trump, usando inteligência de Israel.
Na ocasião, Abu Mehdi al-Muhandis, líder de uma milícia iraquiana aliada de Teerã, também morreu no bombardeio contra o Aeroporto de Bagdá.
(*) Com Sputnik News.