Quinta-feira, 10 de julho de 2025
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou na segunda-feira (30/06) uma ordem executiva para encerrar o programa de sanções contra a Síria, uma medida que poderá desbloquear os investimentos no país depois de mais de seis meses da queda do antigo presidente Bashar al-Assad.

Segundo o anúncio feito pelo Departamento de Tesouro dos EUA, o decreto oferecerá alívio de sanções a “entidades críticas para o desenvolvimento da Síria, a operação de seu governo e a reconstrução do tecido social do país”.

A Síria sofre pesadas penalidades financeiras por parte de Washington e da União Europeia, que antecedem a eclosão da guerra civil no país em 2011. De acordo com o comunicado oficial, as “ações positivas tomadas pelo novo governo sírio” sob o gestor interino Ahmed al-Sharaa possibilitaram o alívio das sanções.

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O governo Trump ainda destacou que os EUA estão “tomando novas ações para apoiar uma Síria estável, unificada e em paz consigo mesma e com seus vizinhos”, acrescentando que “as sanções dos EUA não impedirão o futuro da Síria.”

Na plataforma X, o ministro das Relações Exteriores da Síria, Asaad Hassan al-Shaibani, saudou a decisão norte-americana, dizendo que “abrirá a porta da tão esperada reconstrução e desenvolvimento”.

“Isso levantará o obstáculo contra a recuperação econômica e abrirá o país para a comunidade internacional”, acrescentou.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, com o príncipe herdeiro saudita Mohammed Bin Salman e o presidente da Síria, Ahmed al-Sharaa, durante a visita de Estado do republicano à Arábia Saudita
The White House

Encontro na Arábia Saudita

A medida havia sido acertada durante um encontro entre Trump e al-Sharaa em Riad, na Arábia Saudita. Em 14 de maio, o magnata confirmou a suspensão das sanções contra o governo sírio, alegando que pretende ajudar o país a “ter um novo recomeço”. Elas “foram realmente incapacitantes, muito poderosas” e isso “lhes dá uma chance de grandeza”, pontuou.

Ahmed al-Sharaa é presidente interino da Síria desde a ofensiva liderada por sua coalizão islâmica que levou à derrubada de Bashar Al-Assad, em dezembro do ano passado. Na ocasião, grupos de extremistas armados da oposição síria lançaram uma ofensiva em larga escala contra tropas do governo, inicialmente nas províncias de Aleppo e Idlib, que se estenderam à tomada da capital Damasco,

As sanções norte-americanas foram impostas originalmente ao governo Assad, após a repressão do governo sírio às manifestações em 2011.