O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a defender neste domingo (02/02) a anexação do território canadense, após anunciar tarifas de 25% e declarar guerra comercial contra o Canadá.
Alegando que os Estados Unidos pagam “centenas de bilhões de dólares para apoiar o Canadá”, provavelmente se referindo ao déficit comercial com seu vizinho, Trump disse que “sem esse apoio massivo” o país liderado pelo premiê Justin Trudeau não existiria.
“Não precisamos de nada do que eles têm. Temos energia ilimitada, deveríamos fabricar nossos próprios carros e temos mais madeira serrada do que jamais poderemos usar”, afirmou.
Segundo o republicano, “sem esse subsídio maciço, o Canadá deixa de existir como um país viável. É duro, mas é verdade”.
“Portanto, o Canadá deve se tornar nosso querido 51º Estado”, afirmou ele. “Impostos muito mais baixos e proteção militar muito melhor para o povo canadense – e sem tarifas”.
A declaração é dada após Trump impor tarifas de 25% sobre as importações do país a partir da próxima terça-feira (04/02), com exceção dos recursos energéticos – petróleo, gás natural e eletricidade – que terão tarifa de 10%.
Após a imposição, Trudeau respondeu à ordem e anunciou taxas de 25% sobre até US$ 155 bilhões em importações dos Estados Unidos também a partir de terça-feira.
A primeira rodada de tarifas atingirá 30 bilhões de dólares canadenses em produtos dos EUA na terça, seguida por taxas adicionais sobre C$ 125 bilhões em produtos ao longo de três semanas.
“Certamente não estamos buscando escalada, mas defenderemos o Canadá, os canadenses e os empregos canadenses”, acrescentou Trudeau.

Trump impôs tarifas de 25% sobre as importações do Canadá a partir desta terça-feira (04/02)
México e China também retaliam
As medidas anunciadas pela Casa Branca devem entrar em vigor a partir da próxima terça-feira e continuariam, segundo o governo dos EUA, até que os parceiros comerciais possam controlar sua fronteira e exportação de drogas aos Estados Unidos, principalmente o fentanil.
No entanto, além de Canadá, México e China também prometeram retaliações.
A presidente mexicana, Claudia Sheinbaum, por exemplo, usou as redes sociais para rebater as acusações de Trump e rejeitar “categoricamente a calúnia da Casa Branca acusando o governo mexicano de ter alianças com organizações criminosas, bem como qualquer intenção intervencionista em nosso território”.
Sheinbaum também anunciou “medidas tarifárias em defesa dos interesses do México”, contra Washington, que serão implementadas nos próximos dias.
Já o Ministério do Comércio de Pequim reforçou que a China “se opõe firmemente” às tarifas de 10% decididas por Trump sobre as importações e garante a adoção de contramedidas correspondentes” para defender seus direitos e interesses legítimos.
(*) Com Ansa.