O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, participará da próxima cúpula do Brics que está programada para acontecer na Rússia, em outubro, informaram fontes oficiais nesta quarta-feira (04/09).
O anúncio é feito um dia após Moscou ter antecipado a presença do líder turco na cúpula do bloco símbolo do Sul Global que já inclui o Brasil, China, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Índia, Irã, Rússia e África do Sul.
Em declaração à emissora Haberturk, representantes de Ancara relataram que o presidente estará em Kazan entre 20 e 24 de outubro.
O presidente Erdogan também declarou que Ancara não considera o Brics como uma alternativa à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), da qual a Turquia é membro desde 1952.
Em 2018, o mandatário turco chegou a participar de uma reunião do grupo de nações emergentes em 2018, na África do Sul.
Partido da Justiça e Desenvolvimento (AKP), de Erdogan, também confirmou intenção da Turquia de aderir ao Brics
Na última terça-feira (03/09) o porta-voz do Partido da Justiça e Desenvolvimento (AKP), de Erdogan, também confirmou a intenção da Turquia de aderir ao grupo devido à falta de progressos nas negociações para fazer parte da União Europeia.
Sobre as solicitações de adesão da Turquia e outros países, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que a decisão sobre o alargamento do grupo será tomada de forma conjunta em Kazan, e que apesar da Presidência temporária da Rússia, essa decisão não compete a Putin somente.
“Estamos cientes do interesse de nossos amigos da Malásia de se juntarem a esta organização. Assim como em relação a muitos outros países, apoiamos esse interesse e, junto com os nossos colegas do Brics, vamos discutir esse assunto”, disse Peskov.
De acordo com o porta-voz, os membros do Brics discutirão em conjunto a expansão da aliança porque Putin “não tem o direito de dar uma resposta a essa pergunta, uma vez que a família Brics toma tais decisões de forma conjunta”.
Peskov ainda garantiu que uma das “questões prioritárias” da cúpula em Kazan será a expansão do Brics, acrescentando que há um limite para a expansão do bloco e há propostas para trabalhar o status de Estados parceiros do grupo.
(*) Com Ansa e Sputnik
