As recentes declarações de Obama quanto ao Afeganistão e Paquistão parecem seguir uma nova linha de pensamento na política exterior dos Estados Unidos em relação ao mundo islâmico.
Durante a campanha, o presidente disse que o fato de vários de seus familiares serem muçulmanos poderia servir como um fator decisivo no momento de entender essa região do mundo e que, por outro lado, seus habitantes também poderiam perceber o que os Estados Unidos desejam.
Conforme anunciou a secretária de Estado, Hillary Clinton, na Turquia, Obama poderia visitar o país nas próximas semanas, como um gesto de introdução da nova corrente de pensamento da diplomacia norte-americana. A Turquia é um estado onde o Islã convive em paz com a democracia e a modernidade, e também, um membro da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) com aspirações de ingressar na União Européia, recordou a secretária de Estado, em Ancara.
“É o cenário ideal para a primeira visita do presidente a um país islâmico”, acrescentou.
Convite ao Irã
Foi dentro desta linha de pensamento que Obama convidou o Irã para participar da reunião sobre o Afeganistão, no fim do mês. Washington e Teerã mantêm fortes divergências na mais variada gama de assuntos internacionais.
Mas o programa nuclear iraniano se transformou no grande cavalo de batalha entre os dois países, já que os norte-americanos acreditam que o propósito de seu desenvolvimento é o de atacar Israel e, possivelmente, os próprios Estados Unidos. O Irã nega essas intenções.
No dia 7, o porta-voz iraniano, Gholamhossein Elham, disse que o governo do seu país está considerando o convite para assistir à conferência. “Se os Estados Unidos, os países europeus e outros, precisam do Irã, devem nos convidar. Estudaremos o convite, já que estamos dispostos a oferecer toda ajuda ao Afeganistão”, afirmou Elham.
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