A Assembleia Nacional da França aprovou na última quarta-feira (04/12) uma moção de desconfiança contra o primeiro-ministro Michel Barnier, que, com isso, será forçado a deixar o cargo. Pesquisa realizada por CNews, Europe 1 e Le Journal du Dimanche aponta Jordan Bardella, presidente do Reagrupamento Nacional, como o favorito para assumir o cargo de premiê.
A enquete eleitoral revelou que 15% dos cidadãos apoiam a candidatura de Bardella, e ele tem uma preferência ainda maior entre os jovens de 18 a 30 anos, com 30% dos votos.
Em seguida, com 5% de apoio, estão o ex-primeiro-ministro Bernard Cazeneuve (PS) e a secretária financeira de Paris, Lucie Castets, que também é afiliada ao Partido Socialista.
Castets, que foi um dos nomes sugeridos pela coalizão de esquerda Nova Frente Popular (NFP) para o cargo de premiê, ficou em terceiro lugar, após a nomeação impopular de Barnier, membro do partido conservador Republicanos. Outras alternativas para o cargo incluem o atual ministro do Interior, Bruno Retaillo (Republicanos), que recebeu 4% dos votos, e o centrista Gabriel Attal (Renascimento), que obteve 3%.
A ultradireitista Marine Le Pen, líder do Reagrupamento Nacional, teve 2% de apoio, enquanto Jean-Luc Mélenchon, líder da França Insubmissa, a maior sigla da Assembleia Nacional, ficou com 1%. Mais de um quarto (26%) dos entrevistados não souberam escolher um candidato, e 11% afirmaram não ver nenhum político qualificado para a posição.
Com a aprovação da moção de desconfiança por 331 dos 577 deputados, Barnier apresentou sua renúncia ao presidente Emmanuel Macron nesta quinta-feira (05/12).
O voto de confiança é o primeiro em uma administração francesa desde 1962 e marca o fim do governo mais breve da história da Quinta República, com apenas 90 dias de duração.