Um dia antes da reunião de líderes da Alba (Aliança Bolivariana pelas Américas), os presidentes dos países fundadores da organização, Cuba e Venezuela, se encontraram em uma reunião bilateral. Eles firmaram 285 novos projetos no valor de cerca de 2 milhões de euros (mais de 5 milhões de reais), sinalizando uma aproximação ainda maior entre os governos de Raul Castro e Hugo Chávez.
Os acordos tratam de vários assuntos, mas destacam-se as áreas de petróleo, agricultura, saúde, educação e pesca, segundo informaram fontes diplomáticas. A Venezuela figura atualmente como o maior parceiro comercial de Cuba. O governo de Castro importa 98 mil barris de petróleo diariamente. No ano passado o intercâmbio comercial entre as duas nações ultrapassou a marca de 6 milhões euros (mais de 15 milhões de reais).
Enquanto esses acordos eram assinados, diplomatas de países membros da Alba, no Palácio de Convenções da capital cubana, trabalhavam numa declaração sobre a atual situação de Manuel Zelaya, presidente deposto de Honduras e sua saída da capital, Tegucigalpa.
Na tarde do sábado, o vice-ministro cubano de Relações Exteriores, Rogelio Sierra, disse que o caso de Honduras está na minuta da declaração elaborada pela comissão política da Alba que foi submetida aos chanceleres dos nove países-membros, e amanhã aos presidentes.
Sierra não quis fazer adiantamentos sobre o conteúdo do mesmo e assinalou que, apesar de haver um “consenso (…) que está hoje na mesa de negociação, a declaração pode sofrer modificações”.
O ministro de Exteriores boliviano, David Choquehuanca, disse à Agência Efe que a situação de Zelaya “será explicada” hoje (13) aos presidentes da Aliança por sua chanceler, Patricia Rodas, que chegou esta tarde a Havana.
“Hoje mais que nunca a Alba é necessária, mais que nunca e depois desse golpe de estado ficou demonstrado (…), por isso Honduras não deixará de ser Alba, nem antes, nem durante, nem agora, nem depois”, disse a ministra de Zelaya em declarações transmitidas pela televisão estatal cubana.
“Seguiremos sendo Alba sempre, até conseguir a reconstrução democrática de nosso povo e a transformação revolucionária de nossa sociedade”, acrescentou Rodas, que participa da reunião dos presidentes da Aliança no quinto aniversário de sua criação.
Além dos líderes da Venezuela e Cuba, Raúl Castro, está confirmada a presença dos presidentes da Bolívia, Evo Morales; e Nicarágua, Daniel Ortega; assim como a do chanceler equatoriano, Fander Falconi; e de representantes de Dominica, Antígua e Barbuda, além de São Vicente e Granadinas.
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