Sexta-feira, 14 de novembro de 2025
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A UE (União Europeia) prepara um plano para ajuda financeira à Irlanda, caso o país peça o apoio ao bloco. A decisão foi anunciada pelo comissário de Finanças do bloco, Olli Rehn, depois da reunião de emergência, em Bruxelas, que acabou nesta quarta-feira (17/11). Rehn disse que o plano terá “uma ênfase na reestruturação do setor bancário” irlandês. O temor da comunidade internacional é que a crise na Irlanda atinja o restante do mundo.

As informações são da BBC Brasil. A reunião, que começou na terça-feira (16/11), envolveu ministros e instituições financeiras dos 16 países da zona do euro. O encontro foi convocado em meio a temores nos mercados de que os países menores ligados à moeda única europeia, e em particular a Irlanda, tenham dificuldades para pagar suas dívidas.

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Além da Irlanda, a Espanha, Portugal e a Grécia enfrentam a desconfiança sobre sua capacidade para honrar os compromissos da dívida. Um comunicado do grupo da zona do euro, após a reunião, elogiou os esforços do governo irlandês para combater o problema e “lidar com os desafios que enfrenta nas áreas orçamentária, de competitividade e do setor financeiro”.

O comunicado informa que o governo irlandês fará uma “consulta curta e focada” à Comissão Europeia, ao BCE (Banco Central Europeu) e ao FMI (Fundo Monetário Internacional) para determinar a melhor maneira de prover qualquer apoio necessário.

“Confirmamos que tomaremos ações determinadas e coordenadas para salvaguardar a estabilidade financeira da área do euro, se necessário, e que temos os meios para fazer isso”, conclui o comunicado.

Rehn classificou o problema da Irlanda como o desafio atual mais importante, acrescentando que há “uma intensificação das preparações de um potencial programa caso seja pedido”, mas a reunião não propôs nenhuma ação concreta imediata.

Ministros das Finanças dos 27 países da União Europeia devem se reunir hoje (17) para discutir a questão irlandesa. O governo da Irlanda vem negando repetidamente que pretende buscar ajuda externa.

O primeiro-ministro irlandês, Brian Cowen, afirmou ontem ao Parlamento que não havia pedido ajuda financeira para pagar as dívidas e que a economia está bem financeiramente até o próximo ano.

Segundo Cowen, a Irlanda está trabalhando com seus parceiros europeus para lidar com a questão da dívida, mas ele afirmou que seu país não é “nem imune nem único” em meio à recente crise econômica.

O presidente do Conselho da União Europeia, Herman Van Rompuy, advertiu que se o euro fracassar, a UE também fracassará. Apesar disso, ele se disse “muito confiante” de que os atuais problemas serão superados.

As incertezas sobre o custo dos empréstimos para os governos irlandês, português e espanhol vêm crescendo nas últimas semanas. Os juros altos dos empréstimos não são uma preocupação imediata para a Irlanda, já que o país não precisa de novos financiamentos neste ano. Mas a questão é um problema para países como a Espanha, que pediu à Irlanda que aja rapidamente para eliminar as incertezas dos mercados.

O ministro das Finanças de Portugal, Fernando Teixeira dos Santos, pediu ao governo irlandês que aceite um pacote de ajuda externa. Sem a ajuda do Banco Central Europeu, a economia irlandesa não se sustenta, segundo analistas.

Os especialistas afirmam ainda que, se houver algum sinal de que o BCE não pode mais emprestar à Irlanda, o país não terá opções a não ser recorrer aos outros integrantes da União Europeia ou ao FMI.

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União Europeia prepara plano de ajuda para conter crise econômica na Irlanda

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