Uma pesquisa publicada nesta segunda-feira (07/10) pela consultora Opción mostrou um cenário em que a eleição presidencial no Uruguai pode ser decidida já no primeiro turno.
A medição, difundida pelo jornal local La Diaria, aponta o candidato progressista Yamandú Orsi, da Frente Ampla, como favorito para vencer no primeiro turno, com 42% das intenções de voto.
Em segundo lugar aparece o governista Álvaro Delgado, do Partido Nacional, com 24%. O terceiro colocado é Andrés Ojeda, do Partido Colorado, que tem 12%. Outras candidaturas somadas reúnem 8%, mesma quantidade de eleitores que se dizem indecisos. Os que dizem votar em branco ou nulo são 6%.
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A pesquisa inclui um questionário extra aos 8% de indecisos, na qual se pergunta em qual candidatura estão mais inclinados a votar. As respostas mostraram que 2% desses indecisos dizem estar mais propensos a votar por Orsi, outros 2% em Delgado e 1% em Ojeda, enquanto cerca de 6% não souberam responder.
Os números mostram que o candidato da Frente Ampla de esquerda poderia vencer a eleição já no primeiro turno, tomando em conta os 42% que admitem votar em Orsi, mais os 2% que se dizem propensos a elegê-lo, e considerando a projeção de votos válidos a partir dessas cifras.

Yamandú Orsi é o principal candidato da esquerda uruguaia nestas eleições presidenciais de 2024
Vale lembrar que o primeiro turno da eleição presidencial no Uruguai acontece no dia 27 de outubro – mesmo dia em que se disputa o segundo turno das municipais no Brasil. Caso os uruguaios tenham que realizar um segundo turno, ele acontecerá no dia 24 de novembro.
Uma possível vitória de Orsi marcaria o retorno da Frente Ampla ao poder. A coalizão de esquerda governou o país durante toda a década passada, graças ao governo de Pepe Mujica (2010-2015) e ao segundo período de Tabaré Vázquez (2015-2020, seu primeiro mandato presidencial foi entre 2005-2010).
A hegemonia frenteamplista foi cortada pela vitória do liberal Luis Lacalle Pou em 2019, que tenta eleger seu sucessor, Álvaro Delgado, no pleito deste ano, para manter a direita no poder no Uruguai.
Com informações de La Diaria.