O governo da Venezuela anunciou nesta segunda-feira (10/02) a chegada do primeiro grupo de venezuelanos deportados dos Estados Unidos ao país, como parte do chamado “Plano de Retorno à Pátria”. O projeto foi acordado com o enviado especial do presidente norte-americano Donald Trump, Richard Grenell, que garantiu durante uma reunião em Caracas que a transferência seria realizada “com absoluto respeito à dignidade e aos direitos humanos”.
Os 190 cidadãos desembarcaram no Aeroporto Internacional de Maiquetía – Simón Bolívar, a bordo de dois aviões operados pela companhia aérea estatal Conviasa, cada um comportando 95 pessoas. De acordo com o governo bolivariano, o plano alcançado com a Casa Branca tem como objetivo repatriar aqueles que deixaram a Venezuela “por causa das sanções econômicas e das campanhas de guerra psicológica [dos EUA] contra nosso país”.

O governo da Venezuela anunciou o retorno de 190 migrantes venezuelanos dos Estados Unidos, como parte do chamado “Plano de Retorno à Pátria”
Por sua vez, o presidente venezuelano Nicolás Maduro afirmou que o retorno do primeiro grupo é resultado “da diplomacia bolivariana da paz”, e assegurou que os migrantes receberão “todos os cuidados de saúde” e “um tratamento humanizado”.
“Queremos construir relações de respeito e compreensão com os EUA, e o Plano de Retorno à Pátria pressupõe todos os venezuelanos que desejam retornar”, disse.
O ministro do Interior venezuelano, Diosdado Cabello, ressaltou que a repatriação foi realizada em diálogo aberto com o governo Trump. Ele também detalhou que muitos dos migrantes são jovens, acrescentando que estes seguirão o protocolo migratório junto com a realização de exames médicos.
“O processo de imigração será realizado. A revisão dos casos com antecedentes criminais será feita sob nossa responsabilidade para que o processo corra como deve correr, de forma perfeita”, disse Cabello.
(*) Com Telesur