O embaixador de Caracas em Moscou, Jesús Salazar Velásquez, anunciou nesta sexta-feira (05/07) que a Venezuela recebeu um convite para participar da cúpula do BRICS na cidade russa de Kazan, em outubro.
“Recebemos convites da Federação Russa para participar, não só na cúpula de Kazan, em outubro, como recebemos convites para participar de todas as atividades”, afirmou o diplomata venezuelano. “A Federação Russa planejou mais de 300 eventos durante sua presidência desde o início deste ano e fomos convidados para eles”.
Mais uma vez, Salazar reiterou o interesse de seu país em fazer parte da organização multilateral.
Da mesma forma, o vice-ministro venezuelano das Relações Exteriores da Europa, Coromoto Godoy, usou suas redes sociais e reforçou que “na próxima cúpula do BRICS na Rússia, a Venezuela estará presente em seu papel de país observador e candidato à adesão”.
1/3 En la próxima cumbre de BRICS en Rusia, Venezuela estará presente en su rol de país observador y candidato a miembro, apostando con ilusión y con lealtad a ese futuro promisorio, tan semejante al que Bolívar predijo y por el cual Chávez luchó. pic.twitter.com/lUCCaNTNnq
— Coromoto Godoy Calderón (@GodoyCoromotoVE) July 4, 2024
Durante a última reunião de chanceleres da organização multilateral, realizada em junho, na cidade russa de Nizhny Novgorod, o chanceler venezuelano, Yván Gil, destacou que seu país está fazendo progressos constantes para entrar no mecanismo de integração econômica e comercial.
“Eu falei, estamos fazendo, vamos conseguir: a Venezuela vai para o BRICS (…) As notícias são fabulosas. Imagine. A Venezuela já está no BRICS, a Venezuela está conectada ao novo mundo, nós que resistimos às sanções e à agressão estamos revivendo. A Venezuela renasce por dentro e por fora”, disse Gil, na ocasião.
A decisão final será tomada entre 22 e 24 de outubro, data em que os líderes do BRICS se reunirão na República do Tartaristão, da Federação Russa, país que detém a presidência temporária da organização.
Enquanto a Venezuela enfrenta sanções econômicas impostas pelos Estados Unidos, a adesão ao bloco fortaleceria o comércio do país com os membros, aumentando as reservas globais de petróleo de 8,7% para 26,2% e, no caso do gás, de 25,2% para 28,6%.
O grupo BRICS, inicialmente representado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, expandiu-se este ano com a entrada da Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Irã.
(*) Com Telesur