Em coletiva realizada nesta sexta-feira (31/01), o ministro do Interior da Venezuela, Diosdado Cabello, anunciou que as forças militares do país, através do que chamou de “Operação Catatumbo Relâmpago”, capturaram cerca de 200 mercenários colombianos que tentaram invadir o país durante a madrugada.
Na entrevista, o funcionário venezuelano acusou o ex-presidente colombiano Álvaro Uribe (2002-2010) de ser responsável pela tentativa de invasão do território colombiano.
“Catatumbo é uma região que tem parte de seu território no lado venezuelano e parte no lado colombiano, e que sofre há muito tempo com violência gerada por grupos paramilitares ligados ao Álvaro Uribe”, frisou Cabello.
O ministro venezuelano acrescentou que “Uribe lidera a maior gangue de criminosos e terroristas do mundo, responsável por desaparecimentos forçados de líderes comunitários”.
Em seguida, Cabello explicou que “a Venezuela está ampliando a proteção das suas fronteiras”, e não descartou ações em conjunto com as forças colombianas, caso seja realizado um acordo com o governo do país vizinho.

Exército venezuelano capturou cerca de 200 mercenários colombianos na fronteira entre os países
“Sabemos que essa ameaça sempre está buscando novas estratégias para tentar desestabilizar o país”, concluiu o ministro.
Petro pede ação conjunta entre países
Nesta mesma sexta, o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, elogiou a operação venezuelana e defendeu a realização de ações em conjunto entre forças dos dois países na região da fronteira.
“Podemos lançar uma operação militar antinarcóticos na fronteira”, disse o mandatário colombiano, em seus perfis nas redes sociais.
Petro também enfatizou que seu governo busca “colaboração entre exércitos na luta contra o ELN. Uma fronteira sem máfias deve ser o objetivo final, para a tranquilidade da população, a paz e a soberania”.