Quarta-feira, 14 de maio de 2025
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O governo da Venezuela anunciou nesta terça-feira (06/05) que concedeu um salvo conduto para que cinco opositores da extrema direita venezuelana que estavam asilados na embaixada da Argentina em Caracas desde março de 2024 pudessem deixar o país. A informação é do canal de notícias TeleSur.

Os cinco envolvidos seriam colaboradores da líder extremista María Corina Machado e estão acusados pelo Ministério Público pelos crimes de conspiração e traição à pátria.

Os militantes de direita que deixaram a embaixada argentina são: Claudia Macero, Humberto Villalobos, Magalli Meda, Omar González e Pedro Urruchurtu.

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Também segundo a TeleSur, o governo venezuelano concedeu passagem segura aos opositores após negociações de alto nível entre diplomatas do país e de “países mediadores”, sem revelar quais seriam eles.

Saída negociada e possível participação do Brasil

O jornalista venezuelano Vladimir Villegas publicou em suas redes sociais uma mensagem dizendo que “a libertação de requerentes de asilo da Embaixada Argentina em Caracas é uma boa notícia”, e acrescentou que “sem dúvida houve negociação” para que os opositores deixassem o território venezuelano através de um salvo-conduto.

Na mesma postagem, Villegas frisou que “me disseram que a Embaixada do Brasil em Caracas não teve envolvimento direto na expulsão dos solicitantes de refúgio da Embaixada da Argentina, embora seja possível que o Itamaraty tenha tido algum envolvimento”.

Vale lembrar que o Brasil chegou a assumir temporariamente o comando da sede diplomática argentina em Caracas, durante o mês de agosto de 2024, mas essa situação foi interrompida no mês seguinte, em setembro, quando o governo da Venezuela revogou a permissão para que a representação brasileira pudesse administrar o local.

Opositores da extrema direita venezuelana estavam na embaixada da Argentina em Caracas desde março de 2024
Plataforma Unitária / X

Marco Rubio

Horas depois, o governo dos Estados Unidos afirmou que os opositores venezuelanos foram recebidos em solo norte-americano, mas apresentou uma outra versão dos fatos.

Segundo Marco Rubio, chefe da diplomacia estadunidense, os militantes de extrema direita foram “libertados” após uma “operação de resgate” realizada na embaixada da Argentina em Caracas.

“Estendemos nossa gratidão a todo o pessoal envolvido nessa operação e aos nossos parceiros que ajudaram a garantir a libertação segura desses heróis venezuelanos”, declarou Rubio, em uma mensagem publicada em suas redes sociais.

Corina e Edmundo

Por sua parte, a líder da extrema direita venezuelana, María Corina Machado, se referiu ao caso corroborando a versão entregue por Rubio.

“Uma operação impecável e épica pela liberdade dos cinco heróis de Venezuela. Meu reconhecimento e agradecimento infinito a todos os que tornaram isso possível. Vamos liberar cada um dos nossos 900 heróis presos por esta tirania e também os 30 milhões de venezuelanos”, escreveu a opositora.

Edmundo González Urrutia, que foi o candidato presidencial da extrema direita nas eleições presidenciais de 2024 – derrotado por Nicolás Maduro –, afirmou que disse que “com a liberdade, virá a mudança irreversível a uma Venezuela de prosperidade, justiça e paz”.

Com informações de TeleSur.