A Venezuela vive nesta quinta-feira (25/07) uma jornada de atos de encerramento de campanha para as eleições presidenciais que acontecerão no próximo domingo (28/07).
A coalizão de esquerda Grande Pólo Patriótico (GPP), liderada pelo presidente da Venezuela Nicolás Maduro, realizará um grande ato para o encerramento da campanha pela qual o mandatário pretende alcançar sua segunda reeleição.
Um comunicado do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), principal partido do GPP, prevê que a aliança governista reunirá “centenas de milhares de pessoas” no Centro da capital, para “uma grande mobilização, como nunca foi vista antes”.
O texto também promete que Maduro aproveitará o evento para anunciar o projeto de “democracia direta”, como ele chamada o sistema de consultas populares regulares que pretende institucionalizar caso seja reeleito.
Esse projeto, também conhecido pela sigla CDA (de “Consulta, Debate e Ação”), consiste em realizar referendos periódicos com o intuito de buscar apoio da população aos projetos que o governo pretende implementar a longo prazo.
Durante um ato realizado na segunda-feira, em Táchira, Maduro falou sobre essa proposta e a descreveu como “um método da democracia direta, para mostrar àqueles que acusam a Venezuela de não ter democracia, que me acusam de tirano”.
“Nós vamos patentear o método da democracia popular, da democracia direta, da verdadeira democracia, aquela onde todas as decisões são tomadas com a participação do povo, nunca sem o povo”, completou o presidente venezuelano.
No mesmo comício, Maduro ressaltou sua crença na “democracia socialista”, e acrescentou que “esse é o nosso caminho para o futuro, essa é a verdadeira democracia”.
Oposição realiza ato em bairro nobre
Por sua parte, a coalizão de direita Plataforma Unitária, que respalda o principal candidato da oposição, o ex-embaixador Edmundo González, realizará seu ato de encerramento no bairro de Las Mercedes, em uma região conhecida por reunir boa parte da classe alta de Caracas.
Como tem sido costume nos atos políticos da direita, o discurso do diplomata não é o mais esperado do ato direitista, e sim o da ex-deputada de extrema direita María Corina Machado, que era originalmente a candidata Plataforma Unitária, mas que acabou tendo seu registro cassado pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), devido a crimes eleitorais que ela cometeu em pleitos anteriores.