A ministra de Relações Exteriores da Venezuela, Delcy Rodríguez, declarou neste domingo (22/01) que a Venezuela pediu ao novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a derrogação da ordem executiva assinada por Barack Obama em 2015 que classifica o país como uma “ameaça” à segurança dos Estados Unidos.
“Esperamos que o presidente Trump não siga o caminho da obsessão e da irracionalidade”, afirmou Rodríguez em entrevista ao canal Televen. “Insistiremos e continuaremos insistindo no diálogo diplomático e diálogo político, no âmbito do respeito”, disse.
O ex-presidente Barack Obama assinou em março de 2015 uma ordem executiva em que declara uma “emergência nacional” devido à “ameaça incomum e extraordinária” à segurança nacional e à política exterior dos Estados Unidos causada pela Venezuela. O decreto foi prorrogado em março de 2016 e em janeiro de 2017, uma semana antes da posse de Trump.
Segundo Obama, a Venezuela segue sofrendo com “a perseguição de opositores políticos, a restrição da liberdade de imprensa, o uso da violência e violações aos direitos humanos”.
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Chanceler Delcy Rodríguez defendeu 'diálogo diplomático' com novo governo dos Estados Unidos
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O presidente venezuelano Nicolás Maduro também reiterou neste domingo (22/01) que quer ter “as melhores relações políticas, energéticas e econômicas” com o novo governo norte-americano. “Desejo que no transcurso dos próximos dias e meses possamos constituir relações de comunicação e respeito entre a República Bolivariana da Venezuela, berço dos libertadores, e os Estados Unidos da América do Norte”, afirmou em seu programa Los domingos con Maduro.
“Farei de tudo para que a nova administração dos Estados Unidos retifique os erros de Barack Obama”, disse Maduro.
O presidente da Venezuela ainda destacou que deseja “o melhor” para os EUA, e que seus governos e suas “elites políticas e econômicas” construam relações de respeito e de cooperação com toda a América.
Ambos os países estão sem embaixadores desde 2010, quando o governo do então presidente Hugo Chávez rejeitou a designação de Larry Palmer como chefe da missão diplomática norte-americana em Caracas devido a declarações feitas por ele no Senado sobre a Venezuela. Como resposta, os EUA decidiram revogar as credenciais de Bernardo Álvarez como embaixador venezuelano em Washington.