O ministro do Interior e da Justiça da Venezuela, Diosdado Cabello, anunciou a prisão de pelo menos 125 mercenários de diversas nacionalidades, acusados de “atos terroristas” dias antes da posse de Nicolás Maduro.
Em entrevista coletiva nesta segunda-feira (06/01), Cabello afirmou que María Corina Machado está vinculada aos planos de atentado, juntamente com os ex-presidentes da Colômbia, Iván Duque e Álvaro Uribe.
Segundo Cabello, entre os detidos há venezuelanos e estrangeiros de países como Albânia, Argentina, Colômbia, Estados Unidos, Espanha, Guiana, Israel, Itália, Iêmen, Líbano, Países Baixos, Peru, República Tcheca, Suíça e Uruguai.
Cabello destacou que o financiamento dos mercenários provém de ligações do narcotráfico com a oposição venezuelana. Ainda de acordo com o ministro, os presos foram acusados de “execução de atos terroristas e de desestabilização”.
Durante a coletiva, Cabello assegurou que “não haverá retrocessos” durante a posse de Maduro, marcada para esta sexta-feira (10/01). Segundo ele, a cerimônia estará “garantida com segurança pela paz”, conforme estipulado pela Constituição venezuelana.
Sobre a ameaça de retorno de Urrutia ao país, já que está exilado na Espanha, Cabello declarou que a Justiça será feita e as leis serão aplicadas aos crimes cometidos pela oposição.
“Estamos te esperando. Ninguém está te convidando e sua presença indica uma ação de invasão. Como invasores, serão presos e levados à Justiça”, afirmou.
Na madrugada desta terça-feira (07/01), Cabello percorreu diversas regiões de Caracas, capital venezuelana, no âmbito da patrulha noturna que realiza para fiscalizar a operação de dispositivos de segurança.
Pelas redes sociais, o ministro afirmou que “toda a Venezuela sabe, o povo sabe, que pode confiar que a Revolução Bolivariana garante a sua paz e tranquilidade a qualquer hora do dia, da noite, de madrugada”, destacando a “evidente incompetência dos setores fascistas de direita” na tentativa de desestabilizar o país.
Maduro parabeniza forças policiais
Durante a noite, o presidente Maduro parabenizou a atuação das forças de segurança e afirmou que as Forças Armadas estão preparadas para a defesa do país nos próximos dias.
A declaração foi feita durante uma reunião com os vice-presidentes setoriais, realizada no Palácio Miraflores, sede do Executivo venezuelano.
“Estou orgulhoso de vocês, homens e mulheres em uniforme, prontos para o combate permanente”, disse o mandatário reeleito da Venezuela.
O governo Maduro acusou ainda a Argentina de estar por atrás de ações de desestabilização política da Venezuela, incluindo um suposto plano para assassinar a vice-presidente do país, Delcy Rodriguez.
Maduro citou a prisão dos 125 mercenários e disse que o país liderado por Javier Milei está por trás de planos para desestabilizar o país.
“O governo argentino está envolvido nos planos violentos de atentar contra a paz da Venezuela. Assim eu denuncio. Todos os processos estão judicializados e em altíssimo nível de investigação”, afirmou.
(*) Com AVN, Brasil de Fato e Agência Brasil.