O governo da Venezuela rechaçou na noite desta sexta-feira (07/02) a sanção que os EUA impuseram contra a companhia aérea estatal, Conviasa, considerando que a medida pretende afetar as empresas do país.
“A Venezuela rechaça energicamente o novo ataque do governo dos EUA e sua máquina imperial contra o povo venezuelano, suas instituições democráticas e suas empresas estatais, especificamente, a ilegal e arbitrária medida ditada pelo Departamento do Tesouro dos EUA contra nossas linhas aéreas nacionais Conviasa”, diz o comunicado da chancelaria venezuelana.
Nesta sexta-feira, o Departamento do Tesouro dos EUA sancionou a Conviasa e 40 de suas aeronaves. De acordo com o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, o governo venezuelano depende em muito da companhia aérea para viajar ao exterior.
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Nesse sentido, o comunicado ressalta que a nova medida viola os tratados internacionais relacionados ao transporte aéreo.
“Com esta nova medida coercitiva unilateral, extraterritorial e violadora do Direito Internacional e dos tratados internacionais que regulam o transporte aéreo, a administração Trump dá mais um passo em sua escalada de agressões contra o povo venezuelano”, cita a nota.
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Ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, e Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, em Caracas
O executivo também assegurou que a sanção contra a Conviasa busca afetar o plano “De volta à Pátria”, que o governo de Maduro executa para repatriar os venezuelanos que migraram para outros países, bem como a “Missão Milagre”, para o transporte de pacientes que precisem de operações oftalmológicas.
Rússia amplia cooperação com a Venezuela
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, anunciou na sexta-feira, em Caracas, capital venezuelana, que o governo russo ampliará as cooperações militar, industrial, agrícola com a Venezuela, assim como aumentar os investimento nos setores de energia e recursos naturais.
“Fechamos nosso caminho de trabalho futuro para aprofundar nossa cooperação econômica comercial de investimentos e em outras esferas apesar das sanções ilegítimas”, disse Lavrov.
O chanceler também criticou as sanções dos EUA contra a Venezuela como “ilegais” durante uma visita oficial a Caracas.
“Essas sanções são ilegais e são a principal causa da crise na economia venezuelana”, declarou Lavrov após encontrar-se com seu homólogo venezuelano Jorge Arreaza.
Pelo Twitter, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou que enviu ao mandatário russo, Vladimir Putin, uma mensagem de “amizade e solidariedade”. Maduro ainda declarou o “papel importante” da Rússia no que chamou de “construção de um novo mundo”.
“Enviei via ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, uma cordial mensagem de amizade e solidariedade ao povo valente da Rússia e ao nosso irmão, o presidente Vladimir Putin. Aponto o importante papel desempenhado pela Rússia na construção de um novo mundo, baseado no respeito mútuo e na paz”, escreveu Maduro.
(*) Com Sputnik.