A véspera das eleições no leste da Ucrânia, agendadas pelas autoridades locais, pró-Rússia, para este domingo (02/11), foi marcada pela pressão dos Estados Unidos ao não reconhecimento do pleito e pela denúncia do governo de Kiev de novas violações do cessar-fogo.
Enquanto Washington faz campanha contra a legitimidade da eleição, a Rússia já anunciou que reconhecerá os resultados. Entre as regiões que devem ir às urnas escolher representantes do Legislativo estão Donetsk e Lugansk, que boicotaram as eleições ucranianas da semana passada.
Agência Efe
Organização das urnas na cidade de Donetsk, neste sábado (01/11)
“Exigimos que a Rússia, como signatária do protocolo de Minsk, se una ao secretário-geral da ONU, à União Europeia, ao Conselho da Europa e à comunidade internacional na condenação das eleições ilegítimas planejadas para este fim de semana”, disse a porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, Bernadette Meehan. “Os Estados Unidos não reconhecerão nenhum resultado destas 'eleições' e convocamos todos os membros da comunidade internacional a fazer o mesmo”, acrescentou.
A porta-voz advertiu que, “se estas eleições se realizarem, serão uma violação às leis da Ucrânia e ao protocolo assinado no dia 5 de setembro em Minsk”, que estabeleceu o cessar-fogo no país. “As únicas eleições locais legítimas no leste da Ucrânia acontecerão em 7 de dezembro”, segundo o estabelecido em lei aprovada pelo parlamento ucraniano, sustentou Meehan.
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A Rússia, por sua vez, pediu que Kiev e o Ocidente reconheçam as eleições separatistas de domingo, alegando que as autoridades que se estabeleceram depois dos protestos dos últimos meses necessitam de líderes escolhidos democraticamente para conduzir as negociações de paz.
Conflito
O comando militar ucraniano denunciou neste sábado novas violações ao cessar-fogo feitas supostamente pelos separatistas pró-russos do leste do país.
Segundo o CSND (Conselho de Segurança Nacional e Defesa da Ucrânia), seis soldados ucranianos morreram e outros dez ficaram feridos nas últimas 24 horas. Desde o início do conflito, que completa um ano no final deste mês, mais de 4 mil pessoas morreram.