O ministro das Relações Exteriores do Brasil (MRE), Mauro Vieira, participou nesta segunda-feira (09/09) da I Reunião Ministerial Conjunta de Diálogo Estratégico Brasil-Conselho de Cooperação do Golfo (CCG), realizada na Arábia Saudita, como convidado especial.
A organização econômica que integra os países do Golfo, Arábia Saudita, Bahrein, Catar, Emirados Árabes Unidos, Kuwait e Omã, é o 5º maior destino das exportações brasileiras e ocupa “papel crescente no setor de investimentos produtivos”, segundo o Itamaraty.
O Ministro Mauro Vieira 🇧🇷 participou hoje, na Arábia Saudita, da I Reunião Ministerial Conjunta de Diálogo Estratégico Brasil-Conselho de Cooperação do Golfo (CCG), formado por Arábia Saudita 🇸🇦, Bahrein 🇧🇭, Catar 🇶🇦, Emirados Árabes Unidos 🇦🇪, Kuwait 🇰🇼 e Omã. O 🇧🇷 é convidado especial do encontro.
— Itamaraty Brasil (@itamaratygovbr.bsky.social) Sep 9, 2024 at 9:53
A pasta também informou que o comércio entre Brasília e o CCG superou US$ 16 bilhões em 2023, de forma que “o estreitamento do diálogo politico e das relações econômicas com a organização é prioridade para a política externa” do governo Lula.
O Itamaraty detalhou ainda que a agenda de Vieira no CCG foi iniciada em Riade, na capital da Arábia Saudita, em uma reunião com o ministro das Relações Exteriores do país, Príncipe Faisal Al-Saud, e embaixador brasileiro, Sérgio Bath.
Segundo o Itamaraty, a reunião abordou diversos pontos como comércio e investimentos, crise humanitária e de reféns em Gaza, negociações para cessar-fogo e risco de alastramento do conflito no Oriente Médio.
O Príncipe Faisal Al-Saud ainda reiterou seu agradecimento pelos esforços do presidente Lula pelo cessar-fogo, pela defesa da solução de dois Estados e a liderança no G20.
Reuniões com países do Golfo e parceiros
Às margens do evento, Vieira reuniu-se com diversos representantes dos países do Golfo, como o ministro dos Negócios Estrangeiros do Bahrein, Abdullatif Al-Zayani. Segundo o Itamaraty, ambos “discutiram a crise humanitária e de reféns em Gaza e as negociações para um cessar-fogo”.
“O ministro Al-Zayani convidou o Ministro Mauro Vieira a visitar o Bahrein nos próximos meses, para aprofundar discussões em comércio e investimentos”, declarou a pasta.
O diplomata brasileiro também encontrou-se com seu homólogo do Kuwait, Abdullah Al-Yahya. “Discutiram a aproximação entre o Brasil e CCG, as perspectivas de ampliação de investimentos e cooperação em novas áreas, como defesa”, ressaltou o ministério.
O MRE ainda informou que os ministros conversaram sobre a Presidência do G20, além de um convite a Al-Yahya para participar da reunião de chanceleres do grupo, que deve acontecer à margem da Assembleia Geral da ONU, em 25 de setembro.
Vieira também reuniu-se com o ministro russo das Relações Exteriores, Sergey Lavrov. Segundo o Itamaraty, trataram da cúpula dos BRICS, agendada para outubro em Kazan, na Rússia.
Vieira também encontrou seu homólogo indiano, Subrahmanyam Jayshankar, também convidado especial do CCG. De acordo com os MRE brasileiro, “discutiram temas de interesse comum no BRICS e G20”.
Visita em Omã
Antes de partir para a Arábia Saudita para comparecer à reunião do CCG, Vieira realizou uma visita diplomática a Omã, encerrada no último domingo (08/09) e a 2ª de um chanceler brasileiro em 50 anos de relações diplomáticas.
Iniciando sua agenda em Mascate, estabeleceu uma reunião com o ministro de Energia e Minas, Salim Al Aufi, em que discutiram o panorama energético global, a preparação do para a COP-30, investimentos da Vale em e oportunidades de investimentos no Brasil.
Também encontrou o ministro de Agricultura, Pesca e Recursos Hídricos, Saud Al Habsi, acompanhado do embaixador brasileiro Alfredo Leoni. “Os Ministros discutiram a cooperação entre os dois países em agricultura e a ampliação de exportações e investimentos do no setor alimentício em Omã”, declarou o Itamaraty.
Vieira finalizou sua visita em uma reunião com o ministro de Negócios Estrangeiros, Badr bin Hamad al Busaidi, em que abordaram “temas regionais, investimentos, agricultura, energia, defesa e ciência e tecnologia”, segundo o MRE brasileiro.