O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, comemorou nesta terça-feira (25/06) a libertação do fundador do WikiLeaks, Julian Assange, da prisão de segurança máxima de Belmarsh, em Londres.
O jornalista australiano deixou a penitenciária na manhã de segunda-feira (24/06), após passar 1.901 dias lá. A saída de Assange foi resultado de uma intensa negociação com as autoridades dos Estados Unidos, que teriam desistido de sua extradição ao país após intensas mobilizações, em todo o mundo, em defesa da liberdade de expressão e do papel do ativista.
Assange deixou o Reino Unido rumo às Ilhas Marianas do Norte, um território dos Estados Unidos, local onde ocorrerá a audiência em que o australiano deve se declarar culpado.
O mundo está um pouco melhor e menos injusto hoje. Julian Assange está livre depois de 1.901 dias preso. Sua libertação e retorno para casa, ainda que tardiamente, representam uma vitória democrática e da luta pela liberdade de imprensa.
— Lula (@LulaOficial) June 25, 2024
Para Lula, com a libertação de Assange, o mundo “está um pouco melhor e menos injusto hoje”. O mandatário brasileiro disse que a saída do fundador do Wikileaks, “ainda que tardiamente”, representa uma “vitória democrática e da luta pela liberdade de imprensa”.
“O mundo está um pouco melhor e menos injusto hoje. Julian Assange está livre depois de 1.901 dias preso. Sua libertação e retorno para casa, ainda que tardiamente, representam uma vitória democrática e da luta pela liberdade de imprensa”, afirmou Lula no X (antigo Twitter).
Julian Assange está livre
Segundo o Wikileaks, Assange deixou a prisão de segurança máxima de Belmarsh, em Londres, na manhã de segunda-feira. Após a decisão da Suprema Corte britânica por sua soltura, o ativista dirigiu-se ao aeroporto de Stansted e deixou o Reino Unido.
Assange estava em uma prisão de apenas seis metros quadrados, onde tinha de ficar 23 horas por dia. Isso depois de ser retirado da embaixada do Equador, onde se exilou ainda no governo de Rafael Correa.
Segundo o jornal New York Times, ele comparecerá à Corte da cidade de Saipan, na manhã da quarta-feira (26/06), onde o acordo será formalizado, seguindo depois para o seu país natal. De acordo com a agência de notícias AFP, o ativista concordou em se declarar culpado por revelar segredos militares.
Depois, ainda de acordo com o Wikileaks, Assange deve retornar à Austrália, seu país de origem.
(*) Com Brasil de Fato.