Documento publicado pelo Wikileaks revela que desde 2006 a falta de reformas políticas no Egito já criavam um clima de instabilidade no pais. Em mensagem de maio daquele ano, destinada ao secretário adjunto Robert Zoellick, que visitaria o Cairo, a embaixada disse que ele chegava em “um momento tenso para o Egito”.
Na época, o regime de Hosni Mubarak enfrentava fortes manifestações na ruas, que exigiam reformas políticas, principalmente ligadas à sucessão presidencial e criticava a abertura de processo disciplinar contra dois juízes que denunciaram fraudes eleitorais..
O texto diz que, em resposta a insatisfação popular, o governo aprovaria um pacote com aproximadamente 20 emendas à Constituição, destinadas a “alterar radicalmente a paisagem política do país”, diz a mensagem. A embaixada avaliou, porém, que pelo fato de Mubarak não ter um substituto político definido, ele poderia trabalhar para que as medidas aprovadas não interferissem no monopólio do seu partido político.
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“Para nós, o problema estará nos detalhes, sem compromisso presidencial forte, haverá uma tremenda tentação para passar medidas que preservam o monopólio político partido do governo”, afirma o texto.
A mensagem lembra o deputado que Mubarak exercia um papel de mediação junto aos Estados Unidos em relação as questões envolvendo outros países do Oriente Médio. “Mubarak continua profundamente envolvido em questões regionais e continua a desempenhar um papel indispensável em Israel, Palestina e Sudão, ajudando também no Iraque, Síria e Líbano”
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