Os presidentes da China, Xi Jinping, e dos Estados Unidos, Joe Biden, confirmaram presença na cúpula do G20 no Rio de Janeiro.
A reunião que recebe os líderes está agendada para os dias 18 e 19 de novembro, com a presença dos representantes dos 19 países-membros, mais a União Africana e a União Europeia.
Segundo Hua Chunying, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Pequim, Xi visitará Lima, no Peru, para a reunião da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec), e em seguida irá ao Rio, onde ficará até o dia 21.
A China é o principal parceiro comercial do Brasil, com intercâmbio comercial de mais de US$ 180 bilhões (R$ 1 trilhão) em 2023. Havia uma expectativa que Brasília e Pequim usariam o encontro do G20 e a presença de Xi para negociar uma adesão à Nova Rota da Seda. Porém, há uma resistência do governo em assinar o tratado, elaborando, no entanto, novas parcerias entre os países.
Desde que voltou ao poder, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vem tentando manter um equilíbrio entre as tentativas de aprofundar a ligação com Pequim e, ao mesmo tempo, melhorar a relação com os Estados Unidos.
Biden no Brasil
O presidente norte-americano também confirmou presença na cúpula do G20 na esteira da derrota da democrata Kamala Harris para o republicano Donald Trump nas eleições do país.
Segundo o Palácio do Planalto, Lula e Biden conversaram por cerca de 30 minutos na noite de quinta-feira (07/11), e o chefe da Casa Branca assegurou a adesão dos EUA à Aliança Global contra a Fome e a Pobreza lançada pela presidência brasileira no G20.
Os dois farão uma reunião bilateral no Rio de Janeiro, e, antes da cúpula, o líder americano visitará Manaus (AM).
“Lula reiterou a amizade e admiração pelo presidente Biden e observou o excelente momento das relações Brasil-EUA nos últimos anos. Ambos destacaram a importância da iniciativa bilateral pela promoção do trabalho decente no mundo e a convergência de prioridades entre os dois governos para a promoção da transição energética”, diz a nota do governo brasileiro.
“Biden enalteceu a importância do Brasil para a preservação das florestas tropicais e para o combate à mudança do clima”, conclui o comunicado.
(*) Com Ansa.