O presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, pediu que o povo hondurenho se rebele e force a queda dos golpistas.”A insurreição é um direito do povo que está consignado no artigo 3 da Constituição de Honduras e os hondurenhos devem fazer valer seus direitos constitucionais”, declarou Zelaya.
O artigo 3 da Constituição hondurenha diz: “Ninguém deve obediência a um governo usurpador nem a quem assuma funções ou cargos públicos pela força das armas (…) O povo tem o direito de recorrer à insurreição em defesa da ordem constitucional”.
O chefe de Estado derrubado, que convocou o levante ontem (14) numa entrevista coletiva na residência presidencial da Guatemala, também afirmou que, em breve, voltará à Presidência hondurenha.
“Eu não me rendi nem vou me render. Vou voltar ao país o quanto antes. Não quero avisar a hora nem o dia, para não deixar as forças opositoras em alerta, que sabemos que são criminosas. Vamos retornar ao país. Estamos planejando nosso retorno”, afirmou.
Zelaya pediu aos hondurenhos “que não deixem as ruas”, que é o único espaço “ainda não tirado” da população, afirmou.”O direito à insurreição é um direito constitucional. Ninguém comete um delito num governo de fato por protestar pacificamente em diferentes campos da sociedade”, disse.
Ele acrescentou que “a greve, as manifestações, as ocupações, a desobediência civil são um processo necessário quando a ordem democrática de um país é violentada”.
“Ninguém deve deixar a luta. É preciso mantê-la até que os golpistas deixem o regime de facto que estabeleceram em nosso país”, acrescentou.
O governante deposto chegou ontem Guatemala, único país da América Central que ainda não tinha visitado desde que foi derrubado por um golpe de Estado em 28 de junho.
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