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Violência sexual na USP: "Nos aterroriza saber que esses jovens atenderão mulheres em seus consultórios", diz secretária de Haddad

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Denise Motta Dau, da Secretaria Municipal de Políticas para Mulheres, comentou abusos e estupros na Faculdade de Medicina: "não é um relato, são vários, seguidos, das mais diversas formas em que essas mulheres são abusadas

Carolina de Assis

2014-11-25T19:56:00.000Z

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USP Imagens

Estudantes denunciaram abusos e estupros em festas da Associação Atlética Acadêmica Oswaldo Cruz (AAAOC)
 
Os casos de violência sexual contra alunas da Faculdade de Medicina da USP por parte dos próprios colegas de curso têm sido debatidos pela opinião pública e pelo poder público do estado de São Paulo desde o início deste mês, quando uma série de reportagens da Ponte denunciou a cultura de estupro e de silêncio da FMUSP em que proliferam os abusos. A Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do estado, presidida pelo deputado Adriano Diogo (PT), tem realizado audiências públicas sobre a questão, com o objetivo de ouvir estudantes e autoridades da universidade e apurar as denúncias sobre os abusos e estupros. Durante o programa Gabinete Aberto, realizado ontem (24/11) pela Prefeitura de São Paulo e em que Opera Mundi esteve presente, a secretária municipal de Políticas para Mulheres, Denise Motta Dau, se posicionou sobre o caso.
 
 

 
A secretária, que acompanhou a audiência pública realizada no dia 11 de novembro, disse ter ficado impressionada com os relatos das alunas sobre o sistema “pré-planejado” para abusar das garotas nas festas da FMUSP, com a venda de bebidas alteradas e as tendas com colchões e almofadas, os chamados “cafofos”, onde estudantes relataram terem sido abusadas e estupradas por colegas da universidade. “Não é um relato, são vários, seguidos, das mais diversas formas em que essas mulheres são abusadas nessas festas.” Motta Dau comentou também a tendência de culpar as vítimas, recorrente em casos de violência sexual contra mulheres, que segundo ela tem ocorrido nos debates entre alunos da universidade sobre os estupros e abusos.
 
Outra questão levantada pela secretária é o fato que a Faculdade onde prevalece tal cultura de violência contra mulheres é a mesma que formará profissionais de saúde. “Nos aterroriza saber que muitos desses jovens serão profissionais de saúde, que atenderão mulheres em seus consultórios particulares, no Sistema Único de Saúde, nos quais nós tanto queremos que respeitem os direitos sexuais e reprodutivos das mulheres.” A secretária reiterou a necessidade da apuração das denúncias e da reflexão sobre as relações sociais de gênero em que se baseia a cultura de estupro que viceja na FMUSP e em diversos ambientes universitários. “Mudar a cultura, fazer a apuração do que ocorreu na USP e repensar essas festas, as relações entre alunos e alunas, as relações sociais de gênero na universidade é fundamental.”
 
Segundo a Agência Brasil, a Faculdade de Medicina da USP irá promover, no próximo dia 27, uma congregação extraordinária para tratar das ações propostas pela Comissão de Direitos Humanos da Alesp após a audiência pública do dia 11. A reunião, no entanto, será fechada. Em nota, a instituição declarou que “a Faculdade de Medicina da USP se coloca de forma antagônica à qualquer forma de violência e discriminação (com base em etnia, religião, orientação sexual, social) e tem se empenhado em aprimorar seus mecanismos de prevenção destes tipos de casos, apuração de denúncias e acolhimento das vítimas.” A USP informou também ter criado uma comissão formada por docentes, alunos e funcionários com o objetivo de “propor ações, de caráter resolutivo quanto aos problemas relacionados às questões de violência, preconceito e de consumo de álcool e de drogas”, e ter aberto sindicância para apurar os casos de violência ocorridos em suas dependências. “Em caso de comprovação, a faculdade adotará as punições disciplinares, de acordo com o Código de Ética da USP”, diz a nota.
 
 
Post originalmente publicado no blog Transtudo.

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Política e Economia

FBI investiga Trump por violar lei de espionagem e recupera documentos dos EUA

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Arquivos 'ultrassecretos' e de 'informação sensível' foram apreendidos na casa do ex-presidente

Redação Opera Mundi

São Paulo (Brasil)
2022-08-12T21:40:00.000Z

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O FBI está investigando o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump por violação do "Ato de Espionagem", por obstrução de justiça e por remoção ou destruição de registros, informam os documentos tornados públicos nesta sexta-feira (12/08).

Ao todo, 20 caixas de documentos, fotos e outros itens foram retirados da mansão de Mar-a-Lago na operação da última terça-feira (08/08). A informação foi divulgada pelo pelo jornal estadunidense The Wall Street Journal. Entre as páginas estavam documentos com a marcação de "TS/SCI", o mais alto nível de classificação secreta do governo norte-americano.

Foram quatro caixas de documentos "ultrassecreto", três de "secretos" e três de "confidencial". Também foi confirmado que, durante a operação, foi recuperado um material sobre o "presidente da França", Emmanuel Macron.

O Washington Post afirmou que, segundo fontes ligadas à investigação, o FBI também buscava documentos secretos sobre armas nucleares. "Especialistas em informação confidencial disseram que a busca incomum levanta grave preocupação em autoridades do governo sobre o tipo de informação que eles pensavam que poderia ser encontrada [na residência] de Trump em Mar-a-Lago e potencialmente em risco de caírem em mãos erradas", afirmou o periódico.

Palácio do Planalto/Flickr
Arquivos 'ultrassecretos' e de 'informação sensível' foram apreendidos na casa do ex-presidente

O mandado de busca e apreensão ainda autorizou a investigação no escritório de Trump na residência e em qualquer "sala de armazenamento e outras salas dentro da premissa de uso ou possível uso por [Trump] e sua equipe e em caixas ou documentos que podem ter sido armazenados, incluindo todas as estruturas ou prédios do local".

Após a divulgação das informações oficiais, Trump se manifestou por meio de sua rede social, a Truth, se defendendo das acusações.

"Número um, era tudo material desclassificado. Número dois, não tinham a necessidade de sequestrar nada. Poderiam ter obtido isso quando quisessem sem fazer política e entrar em Mar-a-Lago. Estavam em um lugar seguro, com um cadeado a mais depois que me pediram", escreveu.

Trump tenta fazer com que a operação do FBI se torne política e vem conseguindo apoio dos seus pares republicanos nisso. Já a Casa Branca se manifestou apenas uma vez sobre o caso, dizendo que o presidente Joe Biden ou qualquer membro do alto escalão não sabiam da ação.

(*) Com Ansa e Brasil de Fato.

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