Em ato realizado na noite desta segunda-feira (29/05), no Tucarena, na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), a Frente Brasil Popular (FBP) lançou o “Plano Popular de Emergência” – uma agenda de recuperação econômica do país a ser implementada após o afastamento do presidente Michel Temer e que prevê eleições diretas para definir sua sucessão.
“O objetivo do nosso programa é o desenvolvimento econômico com distribuição de renda, porque este é o programa que interessa ao trabalhador. O pressuposto das nossas propostas é o 'Fora, Temer!', e esta palavra de ordem não se encerra em si, mas abre outra ação: as diretas já”, resumiu o ex-ministro de Ciência e Tecnologia (2003-2004) Roberto Amaral, um dos coordenadores da frente.
Durante o ato foi anunciado que outras mobilizações serão organizadas nas próximas semanas. Uma das principais será a “maior greve da história do Brasil”, em data ainda a ser definida, entre os dias 26 e 30 de junho, lembrou o presidente da CUT, Vagner Freitas. As centrais sindicais aprovaram nesta segunda-feira (29) a realização de uma nova greve geral, contra as reformas e o governo Temer. “Não aceitaremos 'Fora, Temer!' para colocar outro golpista no lugar. Fora Alckmin, fora Jobim, fora Fernando Henrique Cardoso, fora Doria e fora qualquer um que for indicado indiretamente, mesmo que seja de esquerda”, afirmou o dirigente.
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Frente Brasil Popular
Lançamento do Plano Popular de Emegência que prevê eleições diretas
“Se não for suficiente uma greve geral, a próxima marcha a Brasília será para não voltar de lá enquanto não tiver diretas já. Daqui para frente nós é que vamos para a ofensiva”, prometeu o coordenador do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), João Pedro Stédile.
Em 5 de junho uma reunião em Brasília deverá definir a formação de uma frente ampla pelas diretas e um calendário de mobilizações por todo o país. Amaral e Freitas destacaram a unidade da esquerda após a derrubada de Dilma Rousseff. “Muita gente não acreditou que pudéssemos organizar uma frente com os movimentos sociais e o movimento sindical. Apostavam na nossa divisão”, afirmou o presidente da CUT.