Elías Nahmías
Pessoas mexicanas têm saído às ruas para expressar a revolta pelo desaparecimento dos 43 estudantes em Iguala, no estado de Guerreiro, no sul do México. Os jovens foram vistos pela última vez na cidade de Iguala na noite de 26 de setembro. No dia 7 de novembro, o procurador-geral da República, Jesús Murillo Karam, anunciou que os 43 estudantes desaparecidos foram entregues por elementos da polícia municipal de Iguala ao grupo criminoso Guerreiros Unidos, que os mataram, os cortaram em pedaços e os queimaram durante 15 horas, jogando seus restos em um lixão da localidade de Cocula, a poucos quilômetros de Iguala.
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O porta-voz dos pais dos estudantes, Felipe de la Cruz, disse no dia 09 de novembro que a versão apresentada por Karam é uma estratégia do governo federal para dar um “tapetaço” [empurrar para debaixo do tapete] ao assunto. Desta forma, os pais seguem “exigindo uma investigação científica e um resultado avalizado por peritos argentinos”, porque desconfiam dos nacionais. Eles também pedem que os estudantes sejam encontrados com vida e que os corpos encontrados nas valas comuns sejam identificados.
O cineasta Elías Nahmías fotografou a marcha que levou dezenas de milhares de pessoas para a avenida Reforma, na Cidade do México, no dia 05 de novembro.
Fotos publicadas originalmente no site Zócalo Public Square, publicação com sede em Los Angeles que busca conectar pessoas e ideias que estimulem o sentimento de cidadania e comunidade.
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