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Saúde

OMS diz que atual surto de varíola dos macacos é incomum

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Mais de 90 casos foram confirmados em 12 países; Organização Mundial da Saúde afirma que surto ainda pode ser contido

Redação

Deutsche Welle Deutsche Welle

Bonn (Alemanha)
2022-05-23T20:13:00.000Z

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O atual surto de varíola dos macacos é o primeiro a surgir em vários lugares ao mesmo tempo e a não estar associado a viagens para a África, afirmaram especialistas da Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta segunda-feira (23/05). Segundo a agência da ONU, porém, as transmissões da doença podem ser contidas nas nações não endêmicas.

"Houve casos nos últimos cinco anos em pessoas vindas da África, mas esta é a primeira vez que registramos em diferentes países ao mesmo tempo", afirmou a especialista da OMS em varíola, Rosamund Lewis. "Trabalhamos em estreita colaboração com vários países para analisar por que este vírus está agora viajando com mais frequência."

Lewis avalia como anormal o alto número de casos em regiões urbanas de uma doença que geralmente ocorre nas áreas rurais. Mais de 90 infecções em 12 países da Europa e América do Norte já foram registradas. Somente no Reino Unido são 56 casos.

Maria Van Kerkhove, diretora de Doenças Emergentes da OMS, avalia que, com menos de 200 casos suspeitos e confirmados, o surto nestas regiões ainda pode ser controlado.

"Queremos parar as transmissões entre humanos. Podemos conseguir isso nos países não endêmicos", disse a especialista. "Estamos em uma situação na qual podemos utilizar ferramentas de saúde pública para a identificação na fase inicial e apoiar o isolamento dos casos", esclareceu.

Kerkhove, que chefia a unidade técnica anti-covid da OMS, disse ser provável que o maior acompanhamento dos casos resulte em um número maior de ocorrências nos próximos dias, mas garantiu que a situação pode ser contida. Ela destacou que a maioria dos pacientes não apresenta sintomas graves.

Andy Seale, especialista do departamento da OMS sobre doenças sexualmente transmissíveis, destacou que a varíola dos macacos não é uma dessas enfermidades, e tampouco seria uma doença ligada à comunidade gay. Ele lembra que qualquer pessoa pode contrair a varíola através do contato físico, não necessariamente sexual.

Surto na Europa pode ter surgido em festas rave

Entretanto, David Heymann, um consultor da OMS que já liderou o Departamento de Emergências da entidade, disse que uma das explicações para o surto surgido na Europa teria sido "eventos aleatórios" que seriam explicado pela atividade sexual em duas raves.

Cynthia S. Goldsmith/Russell Regner/CDC/AP/dpa/picture alliance
Mais de 90 casos da varíola dos macacos foram confirmados em 12 países

Segundo afirmou, a teoria considerada como a mais viável seria a de o surto teve início com a transmissão através do sexo entre homens em raves na Espanha e na Bélgica. Segundo Heymann, a doença pode se espalhar se houver contato próximo com lesões em uma pessoa infectada. "Parece que o contato sexual amplificou as transmissões", disse.

Autoridades de saúde da Europa chegaram a afirmar que o sexo entre homens estaria por trás da maioria dos casos conhecidos, mas cientistas advertiram que é difícil confirmar se o contágio se deu através do sexo ou de um simples contato.

Qualquer um pode ser infectado através do contato próximo com um doente, ou com suas vestimentas ou roupas de cama.

Os sintomas da varíola dos macacos podem incluir febre, inflamação dos linfonodos, dores de cabeça, fadiga muscular e erupções no rosto, mãos, pés, olhos ou genitais.

Brasileiro passa bem

A OMS destaca que a vacina contra a varíola convencional – uma doença mais grave que durante séculos causou mortalidade global generalizada – provou ser 85% eficaz contra a varíola dos macacos.

Contudo, a maioria das pessoas das gerações mais novas não foi vacinada contra a varíola, que foi considerada erradicada globalmente há quatro décadas, motivo pelo qual as campanhas de imunização foram interrompidas.

O brasileiro de 26 anos que é o primeiro infectado pela varíola dos macacos registrado na Alemanha passa bem, segundo o hospital em Munique onde ele está internado.

"O paciente continua bem, ele tem relativamente poucos sintomas", disse o médico chefe do setor de infectologia da München Klinik Schwabing, Clemens Wendtner, segundo reportagem publicada neste domingo pelo jornal TZ. "Ele tem lesões de pele em vários lugares, mas não está com febre e não sofre de falta de ar", afirmou o especialista.

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Política e Economia

Após acordo, Cuba enviará médicos para ajudar região carente na Itália

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Acordo foi anunciado pelo governo da Calábria devido à falta de candidatos nos concursos públicos para contratar médicos nos hospitais

Redação Opera Mundi

São Paulo (Brasil)
2022-08-18T21:05:00.000Z

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O governo de Cuba vai enviar quase 500 médicos para remediar a carência de profissionais da saúde em uma das regiões mais pobres da Itália.

O acordo foi assinado na última quarta-feira (17/08) pelo governador da Calábria, Roberto Occhiuto, do partido conservador Força Itália (FI), de Silvio Berlusconi.

Segundo ele, a medida se tornou necessária devido à falta de candidatos nos diversos concursos públicos realizados pela região para contratar médicos para seus hospitais.

"Graças a esse acordo, poderemos utilizar temporariamente trabalhadores da saúde provenientes de Cuba. O governo caribenho vai colocar à nossa disposição 497 médicos com diversas especializações", disse Occhiuto.

Os primeiros profissionais devem chegar à Calábria em setembro, começando por aqueles que já falam italiano. "Os outros, antes de iniciar o serviço, farão cursos intensivos para aprender nossa língua. De qualquer maneira, os médicos cubanos terão nossos trabalhadores da saúde sempre a seu lado", acrescentou o governador.

Flickr
Primeiros profissionais devem chegar à Calábria em setembro, começando por aqueles que já falam italiano

Occhiuto afirmou ainda que a Calábria tem recursos suficientes para contratar médicos italianos, mas não surgiram interessados. "Tentamos de tudo", declarou.

Situada no extremo-sul da Itália, a região tem 24,1% de seus habitantes vivendo em condição de pobreza, de acordo com o Instituto Nacional de Estatística (Istat). Esse é o terceiro pior índice no país, atrás apenas da Puglia (32,2%) e da Campânia (29%), também na parte meridional da península.

Em novembro de 2020, já durante a pandemia de covid-19, a Calábria chegou a fechar um convênio com a ONG Emergency, especializada em tratamentos para vítimas de guerras, para a gestão de hospitais de campanha.

O sistema de saúde calabrês está sob intervenção de Roma desde 2009 devido a dívidas e infiltrações do crime organizado em gestões anteriores - a Calábria é berço da 'ndrangheta, máfia com ramificações no mundo inteiro.

Ao longo da última década, a região conseguiu reduzir sua dívida, mas, para isso, desmantelou parte de sua rede de saúde.

Essa não será a primeira vez que médicos cubanos ajudam a Itália. Em 2020, no início da pandemia, profissionais da saúde do país caribenho foram enviados para atuar em hospitais de campanha em Crema e Turim, no rico norte italiano.

(*) Com Ansa

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