Com muito pouco você
apoia a mídia independente
Opera Mundi
Opera Mundi APOIE
  • Política e Economia
  • Diplomacia
  • Análise
  • Opinião
  • Coronavírus
  • Vídeos
  • Podcasts
Saúde

EUA declaram emergência de saúde por varíola dos macacos

Encaminhar Enviar por e-mail

Medida libera novos recursos e permite a mobilização de mais profissionais para os esforços de combate à doença; país já registra mais de 7 mil casos, enquanto clínicas denunciam escassez de vacinas

Redação

Deutsche Welle Deutsche Welle

Bonn (Alemanha)
2022-08-05T16:15:00.000Z

Receba nossas notícias e novidades em primeira mão!

O governo dos Estados Unidos declarou emergência de saúde pública no país devido à varíola dos macacos, na tentativa de reforçar a resposta ao vírus que já infectou milhares de americanos.

A medida, anunciada nesta quinta-feira (04/08), visa liberar mais recursos, auxiliar na coleta de dados e permitir a mobilização de mais profissionais para os esforços de combate à doença.

Até quinta-feira, 7.100 casos de varíola dos macacos haviam sido registrados nos EUA, sendo boa parte deles concentrada no estado de Nova York, que já havia declarado estado de emergência em julho. Especialistas dizem ser necessária uma ação rápida para que o surto seja contido em seus estágios iniciais.

"Estamos preparados para levar nossa resposta ao próximo nível para lidar com esse vírus, e pedimos a todos os americanos que levem a varíola a sério e assumam a responsabilidade de nos ajudar a combatê-lo", disse o secretário americano de Saúde e Serviços Humanos, Xavier Becerra.

Especialistas acreditam que o número real de casos pode ser muito maior do que os números oficiais sugerem, uma vez que os sintomas do atual surto global, que começou em maio, incluíram sinais sutis, como lesões únicas na pele, além das erupções generalizadas mais conhecidas.

Isso pode fazer com que muitos infectados não procurem ajuda médica, ou que casos sejam diagnosticados erroneamente, já que a aparência da lesão é semelhante às de infecções sexualmente transmissíveis comuns.

Kena Betancur/AFP
Declaração de emergência vem num momento em que o governo Biden enfrenta críticas sobre a disponibilidade da vacina

Vacinação

A declaração de emergência de saúde pública vem num momento em que o governo de Joe Biden enfrenta críticas sobre a disponibilidade da vacina contra a varíola dos macacos.

Clínicas de grandes cidades, como Nova York e São Francisco, afirmam que não receberam vacinas de duas doses suficientes para atender à demanda, e algumas tiveram que parar de oferecer a segunda dose para garantir o fornecimento da primeira.

A Casa Branca, por sua vez, diz que disponibilizou mais de 1,1 milhão de doses e ajudou a aumentar a capacidade de diagnóstico nacional para 80 mil testes por semana.

Até agora, cerca de 99% dos casos nos EUA ocorreram entre homens que fazem sexo com homens, segundo informou o Departamento de Saúde e Serviços Humanos na semana passada.

A estratégia nacional de vacinação tem se concentrado nesse grupo, o que levou a preocupações de estigmatização. Mas em artigo publicado no site médico Medscape, a professora da Universidade da Califórnia Monica Gandhi afirmou ser útil focar na população mais afetada.

"Assim como o HIV e a covid-19, é importante definir as populações de maior risco para que possamos priorizar mensagens e recursos direcionados a esses grupos", disse a especialista.

Autoridades de saúde enfatizam, porém, que o vírus pode infectar qualquer um. Embora em menor número, os EUA também já registraram casos entre mulheres e crianças.

A transmissão ocorre através de contato físico prolongado, incluindo abraço, beijo e compartilhamento de roupa de cama, toalha e roupas.

Não há casos de mortes por varíola dos macacos nos EUA até o momento, embora alguns pacientes tenham precisado de hospitalização para tratar níveis extremos de dor.

Você que chegou até aqui e que acredita em uma mídia autônoma e comprometida com a verdade: precisamos da sua contribuição. A informação deve ser livre e acessível para todos, mas produzi-la com qualidade tem um custo, que é bancado essencialmente por nossos assinantes solidários. Escolha a melhor forma de você contribuir com nosso projeto jornalístico, que olha ao mundo a partir da América Latina e do Brasil.

Contra as fake news, o jornalismo de qualidade é a melhor vacina!

Faça uma
assinatura mensal
Faça uma
assinatura anual
Faça uma
contribuição única

Opera Mundi foi criado em 2008. É mais de uma década de cobertura do cenário político internacional, numa perspectiva brasileira e única. Só o apoio dos internautas nos permite sobreviver e expandir o projeto. Obrigado.

Eu apoio Opera Mundi
Direitos Humanos

Exército de Israel invade e fecha sete organizações de direitos humanos da Palestina

Encaminhar Enviar por e-mail

Grupos entraram na lista de 'organizações terroristas' e sofreram ataque na madrugada desta quinta (18/08) na Cisjordânia

Michele de Mello

Brasil de Fato Brasil de Fato

São Paulo (Brasil)
2022-08-18T19:05:00.000Z

Receba nossas notícias e novidades em primeira mão!

Nesta quinta-feira (18/08), militares de Israel invadiram e fecharam a sede de sete organizações não governamentais e de direitos humanos palestinas nas cidades de Ramallah e al-Bireh, na região ocupada da Cisjordânia. Seis delas já haviam sido caracterizadas por Israel como organizações “terroristas”, em outubro de 2021, e acusadas de ter vínculos com a Frente Popular de Libertação pela Palestina (FPLP).

Os escritórios das organizações foram saqueados e seus equipamentos confiscados. As portas foram fechadas com solda, com uma ordem militar israelense declarando a "ilegalidade" das organizações.

As organizações atingidas são: Addameer (palavra em árabe para "consciência"), al-Haq (palavra para "justiça"), Defesa das Crianças da Palestina (DCI), União dos Comitês de Trabalho Agrícola (UAWC), Centro Bisan para Pesquisa e Desenvolvimento, Comitê da União das Mulheres Palestinas (UPWC) e o Sindicato das Comissões de Trabalho em Saúde (UHWC).

"Encontramos um documento colado na porta, apenas em hebraico, dizendo que esta é uma organização fechada, não temos permissão para entrar e nenhum período de tempo é especificado", denunciou o diretor do Sindicato das Comissões de Trabalho em Saúde, Mazen Rantisi. 

A ação militar aconteceu na madrugada, logo após o assassinato de  Waseem Nasr Khalifa, de 20 anos, no campo de refugiados de Balata, arredores da cidade de Nablus, norte da Cisjordânia ocupada. Outros  quatro palestinos ficaram feridos por arma de fogo, três  estariam em estado crítico. Os diretores das organizações de direitos humanos dizem que já esperavam a repressão das forças israelenses após serem classificadas como "organizações terroristas" e agora temem por possíveis detenções ou outras represálias.

Existem aproximadamente 4,5 mil palestinos detidos em prisões israelenses, deste total, cerca de 500 são presos administrativos - sem acusação formal ou julgamento.  

"Este ataque visa intimidar e reestruturar a sociedade civil palestina para parar de documentar e expor os abusos e violações da ocupação israelense", disse Shawan Jabarin, diretor-geral da organização de direitos humanos Al-Haq. 

As ONGs, no entanto, asseguram que continuarão seu trabalho. "Não é um trabalho para nós, é convicção, é fé", disse Jabarin. Os grupos afetados ainda convocaram um protesto em frente aos escritórios da Al-Haq no centro de Ramallah na quinta-feira ao meio-dia para protestar contra as incursões e o fechamento de seus escritórios.

Reprodução
Forças de Israel invadem sedes de organizações não-governamentais nas cidades de Ramallah e al-Bireh, na Palestina ocupada

O secretário-geral do Comitê Executivo da Organização pela Liberdade Palestina (OLP), Hussein al-Sheikh, condenou o fechamento dizendo que a decisão busca silenciar a "voz da verdade e da justiça". 

"Vamos apelar a todos os órgãos internacionais oficiais e instituições de direitos humanos para intervir imediatamente para condenar esse comportamento dos ocupantes e pressioná-los a reabrir as instituições para que possam exercer suas atividades livremente", publicou.

O presidente do Conselho Nacional Palestino, Rawhhi Fattouh classificou a ação como "um ato de intimidação e uma tentativa desesperada de encobrir as provas dos crimes e violações diários do ocupante contra civis palestinos".

Já o ministro de Justiça da Palestina, Mohammad Shalaldeh, disse que irá solicitar uma posição do secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, e do Conselho de Segurança. "Esse ataque fere o princípio internacional dos direitos humanos". 

Com a campanha "Stand we the six" (Apoie os seis) meios de comunicação palestinos e israelenses se solidarizaram com as ONGs palestinas. "Este regime [de Israel] considera a repressão violenta uma ferramenta legítima para controlar os palestinos, mas define a atividade civil não-violenta como terrorismo", declaram em comunicado.

As organizações palestinas também tiveram apoio de representantes da Missão Europeia e outros países, entre eles de Bélgica, Chile, Dinamarca, Finlândia, França, Irlanda, Itália, México, Holanda, Noruega, Polônia, Espanha, Suécia e Reino Unido. 

A Igreja Episcopal de Ramallah publicou uma declaração em solidariedade e exigindo uma investigação completa do caso. 

A relatora especial das Nações Unidas para a Palestina, Francisca Albanese, também condenou a ação de Tel Aviv. "Minha total solidariedade às ONGs palestinas que acabam de ter seus escritórios invadidos pelas forças israelenses. Esta nova ação ilegal é prova de seu excelente trabalho pela justiça e direitos humanos palestinos, e o pânico moral que estão causando ao ocupante", publicou.

Você que chegou até aqui e que acredita em uma mídia autônoma e comprometida com a verdade: precisamos da sua contribuição. A informação deve ser livre e acessível para todos, mas produzi-la com qualidade tem um custo, que é bancado essencialmente por nossos assinantes solidários. Escolha a melhor forma de você contribuir com nosso projeto jornalístico, que olha ao mundo a partir da América Latina e do Brasil.

Contra as fake news, o jornalismo de qualidade é a melhor vacina!

Faça uma
assinatura mensal
Faça uma
assinatura anual
Faça uma
contribuição única

Opera Mundi foi criado em 2008. É mais de uma década de cobertura do cenário político internacional, numa perspectiva brasileira e única. Só o apoio dos internautas nos permite sobreviver e expandir o projeto. Obrigado.

Eu apoio Opera Mundi
Receba nossas notícias e novidades em primeira mão!
Opera Mundi

Endereço: Avenida Paulista, nº 1842, TORRE NORTE CONJ 155 – 15º andar São Paulo - SP
CNPJ: 07.041.081.0001-17
Telefone: (11) 4118-6591

  • Contato
  • Política e Economia
  • Diplomacia
  • Análise
  • Opinião
  • Coronavírus
  • Vídeos
  • Expediente
  • Política de privacidade
Siga-nos
  • YouTube
  • Facebook
  • Twitter
  • Instagram
  • Google News
  • RSS
Blogs
  • Breno Altman
  • Agora
  • Bidê
  • Blog do Piva
  • Quebrando Muros
Receba nossas publicações
Receba nossas notícias e novidades em primeira mão!

© 2018 ArpaDesign | Todos os direitos reservados