O presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou nesta quinta-feira (12/03) medidas de controle ao avanço do coronavírus. A partir de segunda-feira (16/03), todas as creches, escolas e universidades no território francês ficarão fechadas, e as cirurgias que não são urgentes serão canceladas para liberar leitos de hospitais. As medidas visam enfrentar o que Macron chamou de a “crise sanitária mais grave que atinge a França em um século”.
Em um discurso televisionado de 25 minutos, o presidente francês manteve um tom grave e anunciou medidas sanitárias e econômicas para os próximos meses.
“Estamos apenas no começo dessa epidemia, e em todos os lugares da Europa ela se acelera, se intensifica”, afirmou. “E a doença chegará antes aos mais vulneráveis”.
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Macron pediu que idosos e pessoas com doenças crônicas reduzam ao máximo sua circulação para evitar o risco de contaminação. Em relação ao trabalho, solicitou às empresas que coloquem seus funcionários em home-office.
O governo, no entanto, decidiu manter o calendário de eleições municipais no país. O primeiro turno acontece no próximo domingo (15/03).
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‘Estamos apenas no começo dessa epidemia, e em todos os lugares da Europa ela se acelera, se intensifica’, afirmou Macron
Segundo o último boletim do Ministério da Saúde, a França tem 2.876 casos confirmados, dos quais 129 em situação grave. Até esta quinta-feira (12/03), o número de mortos passava dos 60.
Governo vai pagar funcionários que não trabalharem
Em cadeia nacional, Macron afirmou que o governo francês deve ampliar seus benefícios sociais, e será responsável pelo pagamento de todos os trabalhores que não puderem ir ao trabalho por conta da epidemia do Covid-19.
Aos empresários, Macron disse que eles poderão adiar o pagamento de seus impostos e contribuições sociais com vencimento em março.
O transporte público será mantido, mas o presidente francês lembrou que todos os deslocamentos desnecessários devem ser evitados.
Ao final de sua fala, Macron lembrou a necessidade de solidariedade para passar este momento de crise e enfatizou a importância de um sistema de saúde público e dos cuidados individuais, como lavar as mãos e evitar o toque, para reduzir a velocidade da contaminação.