O Ministério da Saúde Pública da Tailândia confirmou nesta quinta-feira (22/08) o primeiro caso da variante Clade 1 da mpox na Ásia.
A doença, declarada como emergência sanitária global pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi diagnosticada em um homem de 66 anos que viajou à África, continente com o maior número de contágios.
Segundo o governo tailandês, ele retornou ao país no dia 14 de agosto e, no dia seguinte, apresentou febre e outros sintomas compatíveis com a mpox, sendo internado para tratamento.
Um equipe de vigilância sanitária contabilizou 43 pessoas que tiveram contato próximo com o paciente, inclusive pessoas que também estiveram no continente africano, e foram orientadas a observar, ao longo dos próximos 21 dias, o aparecimento de sintomas como febre, erupção cutânea e gânglios linfáticos aumentados. Caso algum sinal da doença se manifeste, a recomendação do ministério tailandês é procurar atendimento médico.
No comunicado, a pasta ressalta que pelo menos seis países africanos registram surto de mpox, incluindo a República Democrática do Congo, Uganda, Ruanda, o Burundi, Quênia e a Costa do Marfim. “Passageiros que estiveram nesses países terão a temperatura corporal aferida e serão questionados sobre sintomas observados, sobretudo erupções cutâneas”, destacou o governo tailandês.
Viajantes com sintomas consistentes com mpox, de acordo com a nota, serão isolados e colocados em quarentena. Em seguida, autoridades sanitárias farão a coleta de amostras para confirmação ou descarte de casos, além de exames físicos adicionais. Desde 2022, a Tailândia confirmou 827 casos de mpox, sendo 140 em 2024 – todos, até então, da variante antiga.
O Departamento de Controle de Doenças tailandês afirmou que testes de laboratório confirmaram que o paciente, que é europeu, está infectado com o subtipo mais letal da mpox, responsável pela morte de até 10% dos contaminados.
Já a variante Clade 2 é o tipo mais comum. Segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), 99,9% dos infectados com este subtipo sobrevivem.
(*) Com Agência Brasil e Ansa