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Sociedade

Aula Pública Opera Mundi: o conceito de livre mercado é um mito?

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Leda Paulani, professora de Economia da FEA-USP, explica como surge o conceito de livre mercado e como ele se reproduz, apesar de suas limitações

Haroldo Ceravolo Sereza

2016-12-13T12:00:00.000Z

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Opera Mundi TV

Aula Pública com a professora de Economia Leda Paulani: conceito de livre mercado é um mito?


No novo episódio da Aula Pública, Leda Paulani, professora livre-docente da FEA-USP, discute o conceito de livre mercado e o sistema econômico mundial. Para a especialista, uma série de fatores explica como o discurso liberal foi construído ao longo dos anos.

"O conceito de livre mercado surge no século XVIII, nas discussões entre os pensadores da Europa Ocidental, que estava passando por uma revolução muito grande", explica Leda Paulani. O sistema feudal de produção perdia espaço para o sistema de mercado, e nesse momento surgem os primeiros pensadores liberais, que cunham a ideia de que o livre mercado é algo virtuoso.
 
"Por que o livre mercado seria virtuoso? Porque ele levaria sempre, pelo seu próprio movimento, pelo seu movimento natural, a um resultado bom do ponto de vista social", segue a professora. É um desses pensadores, o escocês Adam Smith, que cunha a metáfora da mão livre do mercado: o mercado seria virtuoso, para ele, porque cada um, buscando o seu próprio interesse, no conjunto, produzia um resultado que não fazia parte de suas intenções iniciais, que seria um resultado ótimo do ponto de vista social.
 
"Evidente que essas ideias tinham um fundo de verdade", afirma Paulani, porque ela expressa uma nova forma de ver o mundo. Porém, o avanço do capitalismo leva ao surgimento de grandes grupos econômicos que passam, eles próprios, a atuar no sentido de limitar a concorrência e controlar mercados. "No século XX, temos um conjunto de experiências históricas que, de um lado, mostram que aquele 'virtuosismo' do mercado pode levar a desastres, como aconteceu nos anos 1930, e, de outro lado, mostram que, se houver uma espécie de regulação que o Estado faça no mercado, ele pode produzir resultados que são melhores."

"Hoje, o conceito de livre mercado, que foi muito forte nos anos de 1980 e 90, vai ter a grande mídia como elemento fundamental para se reproduzir. A imprensa, no Brasil e em outros lugares do mundo, é parte sistemática para circular a ideia de virtuosismo do livre mercado", afirma Leda. 

Assista ao primeiro bloco da Aula Pública com Leda Paulani: o conceito de livre mercado é um mito?


No segundo bloco da Aula Pública, a professora Leda Paulani responde perguntas do pública da Universidade Metodista, em São Bernardo do Campo.


Aula Pública Opera Mundi:
Produção: Dodô Calixto | Edição de vídeo: Daniela Stéfano

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Política e Economia

Guaidó é acusado de pedir desbloqueio de US$ 53 milhões aos EUA para governo paralelo

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Valor seria 'orçamento anual' do gabinete do líder opositor, denuncia Jorge Rodríguez, presidente do Poder Legislativo

Michele de Mello

Brasil de Fato Brasil de Fato

Caracas (Venezuela)
2021-04-13T22:50:00.000Z

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O presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Jorge Rodríguez, denunciou nesta terça-feira (13/04) que o ex-deputado Juan Guaidó pode desbloquear US$ 53, 2 milhões (cerca de R$265 milhões) nos Estados Unidos para manter a estrutura do governo paralelo. 

Segundo Rodríguez, Guaidó e seus aliados enviaram um orçamento anual ao Escritório de Controle de Bens Estrangeiros (OFAC - sigla em inglês), unidade do Departamento do Tesouro, que libera os dólares diretamente das contas venezuelanas em bancos nos EUA.

O montante seria dividido entre o gabinete da presidência de Guaidó, os seus escritórios de Assuntos Exteriores, deputados da antiga Assembleia Nacional, que seriam parte do seu “Conselho Administrativo”, e o canal TV Capitólio, responsável por cobrir atividades da oposição.

Somente para gastos pessoais do ex-deputado Juan Guaidó teriam sido indicados US$ 2 milhões. Os repasses atingem membros dos quatro maiores partidos da oposição, chamado G4: Vontade Popular, Primeiro Justiça, Ação Democrática e Um Novo Tempo.

Com base em gravações telefônicas do ex-deputado Sergio Vergara, assessor de Guaidó, a AN pode ter acesso aos detalhes do esquema de desvio de dinheiro público venezuelano.

Vergara foi um dos assessores de Guaidó que assinou o contrato com a empresa militar Silverscorp para colocar em prática a Operação Gedeón – tentativa de invasão paramilitar de maio de 2020.

Desde 2019, a Casa Branca reconhece o opositor Juan Guaidó como presidente encarregado da Venezuela, deixando sob sua responsabilidade o gerenciamento dos ativos públicos venezuelanos nos Estados Unidos, incluindo a maior empresa pública da Venezuela no exterior: Citgo Petroleum, filial da Pdvsa. 

A Citgo é avaliada em US$ 7 bilhões e tem uma capacidade de refino de 759 mil barris de petróleo anualmente.  Entre 2015 e 2017, teve um lucro de cerca de US$ 2,5 bilhões (R$ 10 bilhões). No esquema revelado por Jorge Rodríguez, a diretoria da Citgo teria acesso a US$ 1,15 milhão do orçamento.

Presidente da AN apresentou detalhes do esquema de desvio do dinheiro público venezuelano por parte da oposição aliada a Guaidó

O valor depositado nas contas dos opositores deveria servir para pagar gastos com transporte, alimentação, segurança e seus salários, como assessores políticos nomeados pelo autoproclamado Guaidó. 

"Esse dinheiro tem servido para comprar suas mansões em Miami. Roubar é a única atividade na qual Guaidó teve êxito", declarou o presidente do Legislativo.  

Neste ano, a OFAC solicitou ao setor guaidosista recortar o "orçamento" e este seria o motivo da reunião liderada por Vergara, que detalhou o passo a passo do repasse do dinheiro no exterior à oposição.   

Em resposta ao pedido do Departamento do Tesouro, Guaidó teria encerrado o programa "Heróis da Saúde", criado em 2020, para oferecer um bônus de US$ 100 como recompensa aos profissionais que trabalham no combate à pandemia na Venezuela. 

"Eles se roubam entre eles mesmos", acusa Rodríguez e aponta que, neste momento, há uma disputa dentro da oposição venezuelana entre Juan Guaidó e Leopoldo López, do partido Vontade Popular, contra Júlio Borges (Primeiro Justiça) e Henry Ramos Allup (Ação Democrática), para liderar o bloco opositor de extrema-direita e ter prioridade no acesso aos recursos financeiros. 

A Venezuela denuncia que possui US$ 7 bilhões bloqueados em entidades bancárias nos Estados Unidos e na União Europeia.

O governo venezuelano denuncia que Guaidó não cumpre com acordos assinados no ano passado para o desbloqueio de parte do dinheiro público que seria destinado para um fundo de combate à pandemia, gerenciado pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).

Na última semana, Guaidó conseguiu sacar cerca de US$ 30 milhões (aproximadamente R$ 150 milhões) dos fundos depositados em Londres para cobrir gastos pessoais, mas se negou a liberar as reservas de ouro venezuelano retidas no Banco da Inglaterra.

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