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Sociedade

Aula Pública Opera Mundi: qual é a função política da arquitetura?

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Maurício Puls, sociólogo e jornalista, explica como a construção das cidades está sintonizada com a vida política e social

Haroldo Ceravolo Sereza

2016-11-11T12:15:00.000Z

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Opera Mundi TV

Na Aula Pública, o jornalista Maurício Puls discute Arquitetura e Sociadade na contemporaneidade

O jornalista Maurício Puls, estudioso de História da Arte e autor dos livros O significado da arte abstrata (Perspectiva) e Arquitetura e filosofia (Annablume) analise, nesse nova edição do programa Aula Pública Opera Mundi, como a arquitetura expressa relações de poder na sociedade.

As construções de edifícios - públicos e privados - e o desenvolvimento urbano, explica Puls, cumprem determinadas funções políticas e expressam como as classes sociais atuam e interagem nesses espaços. Entender processos arquitetônicos, portanto, possibilita um olhar em perspectiva para as dinâmicas sociais.

"A arquitetura constitui um meio para dar legitimidade a uma estrutura social, um mecanismo para convencer as pessoas de que as coisas devem ser daquele jeito e não de outro", explica ele. "E como é que a arquitetura faz isso? Em geral de duas formas: ou ela inspira a admiração da população pelos governantes ou pelos proprietários de grandes edifícios, ou ela inspira o medo, o terror, em aqueles que se opõem ao governo ou se opõem às pessoas poderosas. Os grandes edifícios constituem recados do Estado ou dos poderosos às camadas majoritárias da população", afirma.

Um dos exemplos usados por Maurício Puls são as transformações urbanas por que passou Paris no final do século XIX, com a abertura de grandes avenidas. Falando dos dias de hoje, Puls afirma que "os programas de requalificação urbana são mais sutis, mas eles funcionam mais ou menos do mesmo jeito: basicamente, eles expulsão os pobres do centro e os colocam em conjuntos habitacionais lá no fim do mundo; é uma política de segregação social". 

Puls também analisa o espaço dos condomínios fechados, dos shopping centers e dos centros empresariais: todos esses lugares dispõem de espaços abertos, mas esses espaços não são verdadeiramente públicos".

Assista ao primeiro bloco completo da Aula Pública com Maurício Puls: qual é a função política da arquiterura?

 

No segundo bloco, o jornalista Maurício Puls responde perguntas do público da Universidade Metodista, em São Bernardo do Campo


Produção: Dodô Calixto | Edição de vídeo: Daniela Stéfano

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Política e Economia

Guaidó é acusado de pedir desbloqueio de US$ 53 milhões aos EUA para governo paralelo

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Valor seria 'orçamento anual' do gabinete do líder opositor, denuncia Jorge Rodríguez, presidente do Poder Legislativo

Michele de Mello

Brasil de Fato Brasil de Fato

Caracas (Venezuela)
2021-04-13T22:50:00.000Z

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O presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Jorge Rodríguez, denunciou nesta terça-feira (13/04) que o ex-deputado Juan Guaidó pode desbloquear US$ 53, 2 milhões (cerca de R$265 milhões) nos Estados Unidos para manter a estrutura do governo paralelo. 

Segundo Rodríguez, Guaidó e seus aliados enviaram um orçamento anual ao Escritório de Controle de Bens Estrangeiros (OFAC - sigla em inglês), unidade do Departamento do Tesouro, que libera os dólares diretamente das contas venezuelanas em bancos nos EUA.

O montante seria dividido entre o gabinete da presidência de Guaidó, os seus escritórios de Assuntos Exteriores, deputados da antiga Assembleia Nacional, que seriam parte do seu “Conselho Administrativo”, e o canal TV Capitólio, responsável por cobrir atividades da oposição.

Somente para gastos pessoais do ex-deputado Juan Guaidó teriam sido indicados US$ 2 milhões. Os repasses atingem membros dos quatro maiores partidos da oposição, chamado G4: Vontade Popular, Primeiro Justiça, Ação Democrática e Um Novo Tempo.

Com base em gravações telefônicas do ex-deputado Sergio Vergara, assessor de Guaidó, a AN pode ter acesso aos detalhes do esquema de desvio de dinheiro público venezuelano.

Vergara foi um dos assessores de Guaidó que assinou o contrato com a empresa militar Silverscorp para colocar em prática a Operação Gedeón – tentativa de invasão paramilitar de maio de 2020.

Desde 2019, a Casa Branca reconhece o opositor Juan Guaidó como presidente encarregado da Venezuela, deixando sob sua responsabilidade o gerenciamento dos ativos públicos venezuelanos nos Estados Unidos, incluindo a maior empresa pública da Venezuela no exterior: Citgo Petroleum, filial da Pdvsa. 

A Citgo é avaliada em US$ 7 bilhões e tem uma capacidade de refino de 759 mil barris de petróleo anualmente.  Entre 2015 e 2017, teve um lucro de cerca de US$ 2,5 bilhões (R$ 10 bilhões). No esquema revelado por Jorge Rodríguez, a diretoria da Citgo teria acesso a US$ 1,15 milhão do orçamento.

Presidente da AN apresentou detalhes do esquema de desvio do dinheiro público venezuelano por parte da oposição aliada a Guaidó

O valor depositado nas contas dos opositores deveria servir para pagar gastos com transporte, alimentação, segurança e seus salários, como assessores políticos nomeados pelo autoproclamado Guaidó. 

"Esse dinheiro tem servido para comprar suas mansões em Miami. Roubar é a única atividade na qual Guaidó teve êxito", declarou o presidente do Legislativo.  

Neste ano, a OFAC solicitou ao setor guaidosista recortar o "orçamento" e este seria o motivo da reunião liderada por Vergara, que detalhou o passo a passo do repasse do dinheiro no exterior à oposição.   

Em resposta ao pedido do Departamento do Tesouro, Guaidó teria encerrado o programa "Heróis da Saúde", criado em 2020, para oferecer um bônus de US$ 100 como recompensa aos profissionais que trabalham no combate à pandemia na Venezuela. 

"Eles se roubam entre eles mesmos", acusa Rodríguez e aponta que, neste momento, há uma disputa dentro da oposição venezuelana entre Juan Guaidó e Leopoldo López, do partido Vontade Popular, contra Júlio Borges (Primeiro Justiça) e Henry Ramos Allup (Ação Democrática), para liderar o bloco opositor de extrema-direita e ter prioridade no acesso aos recursos financeiros. 

A Venezuela denuncia que possui US$ 7 bilhões bloqueados em entidades bancárias nos Estados Unidos e na União Europeia.

O governo venezuelano denuncia que Guaidó não cumpre com acordos assinados no ano passado para o desbloqueio de parte do dinheiro público que seria destinado para um fundo de combate à pandemia, gerenciado pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).

Na última semana, Guaidó conseguiu sacar cerca de US$ 30 milhões (aproximadamente R$ 150 milhões) dos fundos depositados em Londres para cobrir gastos pessoais, mas se negou a liberar as reservas de ouro venezuelano retidas no Banco da Inglaterra.

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