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Sociedade

Aula Pública Opera Mundi: O que a vida de Florestan Fernandes nos ensina sobre o direito à educação?

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Haroldo Ceravolo Sereza, doutor em letras pela USP, discute como trajetória intelectual do pensador brasileiro ajudou a repensar as dinâmicas da educação brasileira

Redação

2017-07-06T12:40:00.000Z

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Florestan Fernandes é um dos grandes intelectuais do século 20. Autor de 'A revolução burguesa no Brasil' — livro seminal para a interpretação social do país —, o sociólogo concentrou boa parte da vida em defesa daquilo que ele não teve: direito à educação, ou seja, uma formação regular e que respeitasse a singularidade dos indivíduos.



Esta é uma das análises de Haroldo Ceravolo Sereza, doutor em letras pela USP e autor do livro 'Florestan, a Inteligência Militante', ao discutir O que a Vida de Florestan Fernandes nos Ensina Sobre o Direito à Educação, na Aula Pública Opera Mundi.

Clique aqui para assistir a todos os episódios da Aula Pública Opera Mundi

Nascido em uma família pobre, Florestan teve que interromper os estudos para trabalhar. Só depois de alguns anos, conseguiu concluir o ciclo básico em uma escola para jovens e adultos. Foi nessa época que entrou na Universidade de São Paulo (USP), onde, anos depois, se tornaria professor, construindo uma carreira acadêmica de destaque. Todavia, a trajetória educacional de Florestan foi marcada por percalços que quase inviabilizaram sua ascensão intelectual.

"Florestan passou por uma experiência muito difícil. Ao ouvir as palavras dele, você sente a dor em cada passo que ele deu. Por exemplo, entre os familiares, tinha uma resistência muito grande para que ele estudasse, pois tinham medo que ele deixasse de fazer parte da família. Portanto, ao invés de ajudar, os próprios familiares criavam dificuldades para que Florestan estudasse", explica Sereza.

Assista ao primeiro bloco da Aula Pública com Haroldo Ceravolo Sereza: O que a vida de Florestan Fernandes nos ensina sobre o direito à educação?

No segundo bloco, Sereza responde perguntas do público, na Universidade Anhembi Morumbi, campus Vila Olímpia


Na USP, Florestan percebeu que ele era o diferente da turma. Em razão da origem humilde, as coisas eram mais complicadas. Então, após tirar notas baixas e ter dificuldades para acompanhar os colegas, ele teve que estudar mais, de forma quase obsessiva, passou a ficar mais tempo na biblioteca, e se esforçar até se tornar aluno de destaque, admirado pelos professores.  

"Quantos iguais a mim não conseguiram chegar até lá? Quantos ficaram no meio do caminho? Essas eram perguntas que permeavam o pensamento de Florestan. Foi nesse sentido que ele se tornou na década de 60 um grande batalhador da educação. Após consolidar a carreira como sociólogo, a escola passa a ser uma questão central de seu pensamento. Ele participa de uma campanha em defesa da escola pública, que, mais tarde, foi uma das razões para o golpe de 1964. Não havia interesse das classes dirigentes em garantir a democratização do conhecimento", afirma Sereza.

"No ano de 1986, eleito deputado federal, Florestan pede para participar da comissão de educação da Constituinte. Durante esse processo, ele joga pesado para que o país tenha regras que permitam a expansão do ensino e a garantia do ensino público e gratuito em toda a sociedade. Florestan também trabalha pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação, projeto que define e regulariza a educação brasileira com base nos princípios constituionais. Ou seja, ele reservou grande parte da vida dele para lutar por aquilo que ele não teve: educação regular", conclui.

Opera Mundi TV

Na Aula Pública, Haroldo Ceravolo Sereza discute como a vida de Florestan se entrelaçou com a luta pelo direito à educação

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Política e Economia

União Europeia declara que texto de acordo nuclear é 'definitivo'; Irã nega finalização

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Negociações entre bloco econômico e Irã ocorrem para tentar salvar o acordo chamado Joint Comprehensive Plan of Action (JCPOA), assinado originalmente em 2015

Redação Opera Mundi

São Paulo (Brasil)
2022-08-08T22:30:00.000Z

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Fontes da União Europeia informaram nesta segunda-feira (08/08) que o bloco econômico apresentou um "texto final" para o acordo nuclear que é debatido em Viena, na Áustria, com o Irã e com os membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas.

"Nós trabalhamos por quatro dias e hoje o texto está na mesa. A tratativa terminou, o texto é definitivo e não será renegociado", disse um funcionário do bloco, em condição de anonimato, aos jornalistas que acompanham os debates.

Pouco tempo depois, porém, o governo do Irã negou a informação por meio da declaração de um diplomata à agência estatal iraniana Irna. "Não estamos em uma fase em que sequer podemos falar de finalização de texto", disse o representante, em condição de anonimato.

Segundo o iraniano, ainda há alguns pontos em "suspensão" e o resultado das conversas "dependerá da determinação dos outros participantes em tomar decisões políticas sobre as propostas já apresentadas por Teerã".

Em Viena, outro funcionário da União Europeia contou aos jornalistas que as delegações dos países e organizações envolvidos deixariam o local e que agora "tudo dependerá da resposta formal dos participantes", o que deve ocorrer nos próximos dias.

European External Action Service/Flickr
Bloco econômico apresentou um "texto final" para o acordo nuclear; para Irã ainda há alguns pontos em "suspensão"

As negociações entre as partes ocorrem para tentar salvar o acordo assinado em 2015, chamado de Joint Comprehensive Plan of Action (JCPOA), que inclui todos os membros do CS da ONU (Estados Unidos, França, China, Rússia e Reino Unido - mais a Alemanha), com intermediação da UE.

O pacto perdeu força em 2018, quando o então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, retirou o país do acordo e reimpôs sanções unilaterais contra o Irã. Como resposta, Teerã parou de respeitar diversos itens do pacto de maneira intensa, como o enriquecimento de urânio, o que poderia indicar a construção de armas nucleares. Na última semana, o governo do país chegou a dizer que já tinha essa capacidade, mas que não queria construir os armamentos.

No entanto, com a eleição de Joe Biden, que tomou posse em janeiro de 2021, voltou a ser aberta a possibilidade de que os EUA voltassem ao acordo para tentar apaziguar a situação.

E, desde o fim do ano passado, dezenas de reuniões entre delegações de todas as nações envolvidas foram realizadas para tentar a chegar a um novo acordo para a implementação das regras.

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