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Sociedade

Aula Pública Opera Mundi: O caso do Quênia - como são formadas as elites africanas?

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Melvina Araújo, doutora em antropologia social e professora da Unifesp, discute tensões na construção social de países africanos

Redação

2017-12-20T12:08:00.000Z

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Opera Mundi

Na Aula Pública, Melvina explica como a colonização cumpriu papel fundamental na constituição dos países africanos


As elites tradicionais africanas são formadas a partir de princípios e hierarquias locais. Nesse sentido, cada linhagem ou cada grupo familiar terá os seus costumes, resultando em particularidades em cada país. Com a colonização e a entrada dos missionários — estes responsáveis por levar a "cultura" europeia e ocidental aos povos africanos — temos uma rede complexa de interesses e tensões políticas. Para compreender a realidade de cada país africano, é necessário um olhar mais específico para os movimentos de colonização e resistência.

Essa é a análise de Melvina Araújo, doutora em antropologia social e professora da Unifesp, ao discutir como são formadas as elites africanas, na Aula Pública.

Organizadora do livro digital Cultura Afro-brasileira: temas fundamentais em ensino, pesquisa e extensão (editora Alameda; disponível gratuitamente aqui), Araújo explica que, no caso do Quênia, os nativos escolarizados cumpriram papel fundamental na contestação ao poder das elites tradicionais e à colonização.

"O questionamento da colonização não veio das elites tradicionais. Sobretudo entre as colônias britânicas, as elites tinham uma relação de proximidade com os colonizadores. Foram os nativos escolarizados que passaram a contestar a colônia", conta Araújo. Assista à aula e entenda mais detalhes desse processo.

Assista ao primeiro bloco da Aula Pública com Melvina Araújo: como são formadas as elites africanas?



No segundo bloco, a professora Melvina responde perguntas do público da Unifesp, em Guarulhos. 




"No caso das colônias britânicas, os países carregaram os próprios modelos do Reino Unido, ou seja, o modelo de separar as etnias. Por exemplo, temos os irlandeses de um lado, gauleses de outro, ingleses de outro e assim por diante. No processo de colonização, essa forma de encarar as diferentes etnias foi transposta para os africanos", analisa.

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Política e Economia

Guaidó é acusado de pedir desbloqueio de US$ 53 milhões aos EUA para governo paralelo

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Valor seria 'orçamento anual' do gabinete do líder opositor, denuncia Jorge Rodríguez, presidente do Poder Legislativo

Michele de Mello

Brasil de Fato Brasil de Fato

Caracas (Venezuela)
2021-04-13T22:50:00.000Z

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O presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Jorge Rodríguez, denunciou nesta terça-feira (13/04) que o ex-deputado Juan Guaidó pode desbloquear US$ 53, 2 milhões (cerca de R$265 milhões) nos Estados Unidos para manter a estrutura do governo paralelo. 

Segundo Rodríguez, Guaidó e seus aliados enviaram um orçamento anual ao Escritório de Controle de Bens Estrangeiros (OFAC - sigla em inglês), unidade do Departamento do Tesouro, que libera os dólares diretamente das contas venezuelanas em bancos nos EUA.

O montante seria dividido entre o gabinete da presidência de Guaidó, os seus escritórios de Assuntos Exteriores, deputados da antiga Assembleia Nacional, que seriam parte do seu “Conselho Administrativo”, e o canal TV Capitólio, responsável por cobrir atividades da oposição.

Somente para gastos pessoais do ex-deputado Juan Guaidó teriam sido indicados US$ 2 milhões. Os repasses atingem membros dos quatro maiores partidos da oposição, chamado G4: Vontade Popular, Primeiro Justiça, Ação Democrática e Um Novo Tempo.

Com base em gravações telefônicas do ex-deputado Sergio Vergara, assessor de Guaidó, a AN pode ter acesso aos detalhes do esquema de desvio de dinheiro público venezuelano.

Vergara foi um dos assessores de Guaidó que assinou o contrato com a empresa militar Silverscorp para colocar em prática a Operação Gedeón – tentativa de invasão paramilitar de maio de 2020.

Desde 2019, a Casa Branca reconhece o opositor Juan Guaidó como presidente encarregado da Venezuela, deixando sob sua responsabilidade o gerenciamento dos ativos públicos venezuelanos nos Estados Unidos, incluindo a maior empresa pública da Venezuela no exterior: Citgo Petroleum, filial da Pdvsa. 

A Citgo é avaliada em US$ 7 bilhões e tem uma capacidade de refino de 759 mil barris de petróleo anualmente.  Entre 2015 e 2017, teve um lucro de cerca de US$ 2,5 bilhões (R$ 10 bilhões). No esquema revelado por Jorge Rodríguez, a diretoria da Citgo teria acesso a US$ 1,15 milhão do orçamento.

Presidente da AN apresentou detalhes do esquema de desvio do dinheiro público venezuelano por parte da oposição aliada a Guaidó

O valor depositado nas contas dos opositores deveria servir para pagar gastos com transporte, alimentação, segurança e seus salários, como assessores políticos nomeados pelo autoproclamado Guaidó. 

"Esse dinheiro tem servido para comprar suas mansões em Miami. Roubar é a única atividade na qual Guaidó teve êxito", declarou o presidente do Legislativo.  

Neste ano, a OFAC solicitou ao setor guaidosista recortar o "orçamento" e este seria o motivo da reunião liderada por Vergara, que detalhou o passo a passo do repasse do dinheiro no exterior à oposição.   

Em resposta ao pedido do Departamento do Tesouro, Guaidó teria encerrado o programa "Heróis da Saúde", criado em 2020, para oferecer um bônus de US$ 100 como recompensa aos profissionais que trabalham no combate à pandemia na Venezuela. 

"Eles se roubam entre eles mesmos", acusa Rodríguez e aponta que, neste momento, há uma disputa dentro da oposição venezuelana entre Juan Guaidó e Leopoldo López, do partido Vontade Popular, contra Júlio Borges (Primeiro Justiça) e Henry Ramos Allup (Ação Democrática), para liderar o bloco opositor de extrema-direita e ter prioridade no acesso aos recursos financeiros. 

A Venezuela denuncia que possui US$ 7 bilhões bloqueados em entidades bancárias nos Estados Unidos e na União Europeia.

O governo venezuelano denuncia que Guaidó não cumpre com acordos assinados no ano passado para o desbloqueio de parte do dinheiro público que seria destinado para um fundo de combate à pandemia, gerenciado pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).

Na última semana, Guaidó conseguiu sacar cerca de US$ 30 milhões (aproximadamente R$ 150 milhões) dos fundos depositados em Londres para cobrir gastos pessoais, mas se negou a liberar as reservas de ouro venezuelano retidas no Banco da Inglaterra.

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