A procuradora-geral de Nova York, Barbara Underwood, intimou nesta quinta-feira (06/09) todas as dioceses católicas do estado a testemunhar e entregar documentos relacionados a casos de abuso sexual cometidos por membros da Igreja Católica.
Fontes próximas ao inquérito informaram que a investigação está vinculada aos documentos relacionados às acusações de pedofilia, pagamentos feitos às possíveis vítimas e conclusões de investigações internas da Igreja. Em sua conta no Twitter, Underwood informou que realiza uma investigação que apura como os religiosos “potencialmente encobriram alegações de extensivos abusos sexuais em Nova York”.
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No mês passado, o procurador-geral da Pensilvânia, Josh Shapiro, revelou a análise de um relatório, no qual acusa pelo menos 300 padres de seis dioceses de abusarem sexualmente de mais de 1 mil vítimas durante cerca de 70 anos.
“O grande Júri da Pensilvânia desvendou ações incrivelmente perturbadoras e depravadas do clero católico, que uma cultura de segredo e encobrimento nas dioceses ajudou”, disse a procuradora em comunicado.
Segundo ela, as vítimas merecem ser ouvidas. “Vamos fazer tudo que esteja ao nosso alcance para trazer a justiça que merecem”.
Mais cedo, Underwood criou uma linha de apoio e um site onde as vítimas poderão registrar queixas de abusos.
Além do escândalo nos Estados Unidos, a Igreja está envolvida com casos de pedofilia no Chile, que provocaram a renúncia de todo o episcopado do país, e na Austrália, que implicaram um arcebispo, Philip Edward Wilson, condenado a 12 meses de prisão por ter acobertado crimes de abuso, e o terceiro na hierarquia do Vaticano, cardeal George Pell.
(*) Com Ansa