Milhares de estudantes foram às ruas nesta sexta-feira (15/03) em mais de 120 países para protestar contra as mudanças climáticas.
As manifestações foram inspiradas pelo movimento Fridays For Future (Sextas-feiras pelo Futuro), movimento encabeçado pela ativista sueca Greta Thunberg, de 16 anos, que na quinta-feira (14/03) foi indicada ao Prêmio Nobel da Paz 2019 pela campanha que promove contra o aquecimento global.
Cidades como Bogotá, Xangai, Paris, Cidade do México, Sydney, Roma, Londres, São Paulo e Boston receberam manifestações. No Brasil, jovens se mobilizaram em Recife, na praça do Derby, na região central. Uma das organizadoras do evento, Luciana Naira afirmou ao portal G1 que os objetivos do movimento na cidade se volta à preservação dos rios e florestas.
“Se Greta conseguiu chamar tanta atenção sozinha e comover diversos países para entrarem no movimento com ela, por que não nos reunirmos em dois, três ou trinta [pessoas]? Meu sonho é ver a [Avenida] Agamenon Magalhães inundada de gente mostrando que temos que cuidar do Rio Capibaribe”, afirmou Naira.
Pelo Twitter, Thunberg compartilhou fotos e vídeos de diversas cidades em que os jovens estão realizando os protestos. A ativista citou as mobilizações em Estocolmo, capital sueca, disse que “muito mais de 10.000 estudantes na chuva hoje em Estocolmo. Escolas fazendo greve pelo clima!”.
Nesta sexta-feira, Thunberg esteve presente mais uma vez em frente ao Parlamento do país, mas agora acompanhada de outros manifestantes.
Ativista sueca de 16 anos
Thunberg iniciou seu protesto indo sozinha diante do Parlamento sueco e estendendo um cartaz feito a mão com os dizeres ‘greve da escola pelo clima’. Ela continuou fazendo o protesto quase todas as sextas-feiras, desde agosto do ano passado, exigindo que os políticos alinhassem o país com o acordo climático de Paris. A militante incentivou outros estudantes a participarem.
O gesto de Thunberg evoluiu para o movimento Fridays for Future (Sextas-feiras para o Futuro), no qual estudantes iam protestar na frente dos parlamentos de seus países ao invés de ir à aula. Ela acabou fundando o movimento Youth Strike for Clima (Greve da Juventude pelo Clima) e ganhou repercussão internacional no final de 2018, ao discursar durante a 24ª conferência da ONU do Clima.
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Estudantes realizam manifestação contra as mudanças climáticas.