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Sociedade

Copa do Mundo terá mulheres na arbitragem pela primeira vez

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Três árbitras e três assistentes apitarão jogos do Mundial que ocorrerá no Catar no fim deste ano. Entre elas, uma auxiliar brasileira: Neuza Back.

Redação

Deutsche Welle Deutsche Welle

Bonn (Alemanha)
2022-05-19T18:40:00.000Z

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Pela primeira vez na história das copas do mundo, três árbitras e três assistentes do sexo feminino irão apitar jogos do mais importante torneio de futebol masculino, que ocorrerá entre 21 de novembro e 18 de dezembro deste ano, no Catar. Entre as bandeirinhas, há uma brasileira: Neuza Back, de 37 anos. O anúncio foi feito pela Fifa nesta quinta-feira (19/05).

Outro fato relacionado ao Brasil é que, entre os 36 árbitros escolhidos pela federação internacional, haverá dois brasileiros pela primeira vez desde a Copa de 1950, disputada no Brasil. Desde então, o país costumava ter apenas um representante na arbitragem principal. Desta vez, Raphael Claus e Wilton Pereira Sampaio foram chamados.

Outros países que terão dois árbitros na Copa são Argentina, Inglaterra e França. Para os assistentes de vídeo (VAR, sigla em inglês para Video Assistant Referee), a Fifa escolheu 24 homens. Nenhum brasileiro.

Além de Neuza Back, as auxiliares Karen Díaz Medina, do México, e Kathryn Nesbitt, dos Estados Unidos, foram confirmadas para atuar no torneio, que tem um total de 64 jogos.

As três árbitras que vão apitar jogos da Copa do Mundo são Stéphanie Frappart, da França, Salima Mukansanga, de Ruanda, e Yoshimi Yamashita, do Japão.

Stéphanie, por exemplo, já apitou a final da Copa do Mundo feminina, vencida pelos Estados Unidos em julho de 2019, e atua constantemente em jogos da Ligue 1, o Campeonato Francês masculino. No último dia 7 de maio, ela apitou a final masculina da Copa da França, vencida pelo Nantes no Stade de France, em Paris.

Os auxiliares Bruno Boschilia, Bruno Pires, Danilo Simon e Rodrigo Figueiredo fecham a participação brasileira no corpo de arbitragem.

Ricardo Moreira/Sport Press/ZUMA/picture alliance
Neuza Back é a primeira mulher brasileira convocada para atuar em uma Copa do Mundo

Natural de Santa Catarina, Neuza Back atua no estado de São Paulo. Foi auxiliar na primeira partida da final do Campeonato Paulista de 2020, entre Corinthians e Palmeiras. Esteve também na mais recente edição da Copa do Mundo feminina, em 2019, e no Mundial de Clubes da Fifa de 2020, que terminou com o título do Bayern de Munique, além de ter integrado a equipe de arbitragem nos Jogos Olímpicos de Tóquio.

"Conclui um longo processo", diz chefe de arbitragem

O presidente do Comitê de Arbitragem da Fifa, o italiano Pierluigi Collina, disse que o critério utilizado para as escolhas foi a qualidade dos árbitros, que, segundo ele, representam o mais alto nível de arbitragem no mundo.

Sobre o ingresso de mulheres, ele afirmou que ele e sua equipe estão felizes por terem conseguido incluí-las no corpo de arbitragem pela primeira vez na história das copas do mundo.

"Isto conclui um longo processo, que começou há vários anos, com o emprego de árbitras nos torneios masculinos júnior e sênior da Fifa. Desta forma, enfatizamos claramente que é a qualidade que conta para nós, e não o gênero. Espero que, no futuro, a seleção de árbitras de elite para competições masculinas importantes seja percebida como algo normal, e não mais como excepcional", declarou Collina.

Os árbitros convocados participarão de seminários preparatórios durante o verão europeu em Assunção, no Paraguai, Madri, na Espanha, e Doha, no Catar. Eles também passarão por rigorosos testes e avaliações físicas, técnicas e médicas.

"Não podemos eliminar todos os erros, mas faremos o possível para reduzi-los", afirmou Massimo Busacca, diretor de arbitragem da Fifa.

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Constituinte no Chile

'Base de um Chile mais justo', diz presidente da Constituinte na entrega de texto final

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Ao cumprir um ano de debate, Convenção Constitucional encerra trabalhos com entrega de nova Carta Magna a voto popular

Michele de Mello

Brasil de Fato Brasil de Fato

São Paulo (Brasil)
2022-07-04T21:39:54.000Z

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Aconteceu a última sessão da Constituinte chilena nesta segunda-feira (04/07) com a entrega de uma nova proposta de Constituição para o país. 

"Esta proposta que entregamos hoje tem o propósito de ser a base de um país mais justo com o qual todos e todas sonhamos", declarou a presidente da Convenção Constitucional, María Elisa Quinteros. 

Após um ano de debates, os 155 constituintes divulgaram o novo texto constitucional com 178 páginas, 388 artigos e 57 normas transitórias.

O presidente Gabriel Boric participou do ato final da Constituinte e assinou o decreto que convoca o plebiscito constitucional do dia 4 de setembro, quando os chilenos deverão aprovar ou rechaçar a nova Carta Magna.

"Hoje é um dia que ficará marcado na história da nossa Pátria. O texto que hoje é entregue ao povo marca o tamanho da nossa República. É meu dever como mandatário convocar um plebiscito constitucional, e por isso estou aqui. Será novamente o povo que terá a palavra final sobre o seu destino", disse.

No último mês, os constituintes realizaram sessões abertas em distintas regiões do país para apresentar as versões finais do novo texto constitucional. A partir do dia 4 de agosto inicia-se a campanha televisiva prévia ao plebiscito, que ocorre em 4 de setembro. 

Embora todo o processo tenha contado com ampla participação popular, as últimas pesquisas de opinião apontam que a nova proposta de constituição poderia ser rejeitada. Segundo a pesquisa de junho da empresa Cadem, 45% disse que votaria "não", enquanto 42% dos entrevistados votaria "sim" para a nova Carta Magna. No entanto, 50% disse que acredita que vencerá o "aprovo" no plebiscito de setembro. Cerca de 13% dos entrevistados disse que não sabia opinar.

Reprodução/ @gabrielboric
Presidente da Convenção Constitucional, María Elisa Quinteros, e seu vice, Gaspar Domínguez, ao lado de Gabriel Boric

"Além das legítimas divergências que possam existir sobre o conteúdo do novo texto que será debatido nos próximos meses, há algo que devemos estar orgulhosos: no momento de crise institucional e social mais profunda que atravessou o nosso país em décadas, chilenos e chilenas, optamos por mais democracia", declarou o chefe do Executivo. 

Em 2019, Boric foi um dos representantes da esquerda que assinou um acordo com o então governo de Sebastián Piñera para por fim às manifestações iniciadas em outubro daquele ano e, com isso, dar início ao processo constituinte chileno.

Em outubro de 2020 foi realizado o plebiscito que decidiu pela escrita de uma nova constituição a partir de uma Convenção Constitucional que seria eleita com representação dos povos indígenas e paridade de gênero.

"Que momento histórico e emocionante estamos vivendo. Meu agradecimento à Convenção que cumpriu com seu mandato e a partir de hoje podemos ler o texto final da Nova Constituição. Agora o povo tem a palavra e decidirá o futuro do país", declarou a porta-voz do Executivo e representante do Partido Comunista, Camila Vallejo.

A composição da Constituinte também foi majoritariamente de deputados independentes ou do campo progressista. Todo o conteúdo presente na versão entregue hoje ao voto público teve de ser aprovado por 2/3 do pleno da Convenção para ser incluído na redação final.

Com minoria numérica, a direita iniciou uma campanha midiática de desprestígio do organismo, afirmando que os deputados não estariam aptos a redigir o novo texto constitucional. Diante dos ataques, o presidente Boric convocou os cidadãos a conhecer a fundo a nova proposta, discutir de maneira respeitosa as diferenças e votar pela coesão do país, afirmando não tratar-se de uma avaliação do atual governo, mas uma proposta para as próximas décadas. 

"Não devemos pensar somente nas vantagens que cada um pode ter, mas na concordância, na paz entre chilenos e chilenas e pela dignidade que merecem todos os habitantes da nossa pátria", concluiu o chefe de Estado.

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