Em texto preparado para a audiência geral que deveria ter acontecido nesta quarta-feira (26/02), o Papa Francisco – que ainda está internado – afirma que a morte não é o “fim”, mas sim a “introdução” para a “verdadeira vida”.
Segundo o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni, o discurso foi preparado antes da internação de Jorge Bergoglio, no Hospital Policlínico Agostino Gemelli, em Roma.
O texto preparado pelo pontífice conta a história de Simeão, apresentada no livro de Lucas no Novo Testamento da Bíblia. Segundo a narrativa, o idoso havia recebido uma promessa de que veria “o Cristo [Enviado de Deus]” antes de morrer. Em visita ao templo da época, encontra Maria e José, e ao deparar-se com Jesus, ainda um recém-nascido, faz uma oração “Senhor, podes despedir em paz o teu servo” após relatar já “ter visto a Salvação que Deus preparou para todos os povos”.
Em reflexão sobre o texto bíblico, o Papa afirma: “repleto desta consolação espiritual, o idoso Simeão vê a morte não como fim, mas como cumprimento e plenitude, espera-a como ‘irmã’ que não aniquila, mas introduz na verdadeira vida que ele já anteviu e na qual acredita”, diz a mensagem.

Boletim médico mais recente aponta que estado de Jorge Bergoglio ainda é “crítico”, porém “estável” e sem novas “crises respiratórias agudas”
Com 88 anos, o Papa está internado desde 14 de fevereiro devido a uma pneumonia nos dois pulmões provocada por uma infecção polimicrobiana.
O boletim médico mais recente, publicado na noite da última terça-feira (25/02), aponta que o estado de Francisco ainda é “crítico”, porém “estável” e sem novas “crises respiratórias agudas”.
No último fim de semana, o pontífice chegou a precisar de uma transfusão de sangue e teve uma crise respiratória séria, que exigiu o uso de oxigenoterapia de alto fluxo, mas esses episódios não voltaram a se repetir nos dias seguintes.
(*) Com Ansa