Um avião comercial da American Airlines colidiu com um helicóptero militar pouco antes de pousar no Aeroporto Ronald Reagan, em Washington, capital dos Estados Unidos, e caiu no rio Potomac na noite de quarta-feira (29/01).
A aeronave civil voava com 64 pessoas a bordo (60 passageiros e quatro tripulantes) e era operada pela PSA Airlines, subsidiária da American Airlines, uma das principais companhias aéreas dos EUA.
Já o helicóptero militar envolvido no acidente era um Black Hawk, ou Sikorsky H-60, um dos modelos mais utilizados pelas Forças Armadas norte-americanas. A aeronave levava três militares, cujo destino ainda é desconhecido, e realizava um voo de treinamento.
Equipes de resgate vasculham o rio Potomac e 19 corpos foram retirados do local. Além disso, mergulhadores encontraram as duas caixas-pretas do avião.
O acidente ocorreu quando o voo 5342, que vinha de Wichita, Kansas, se aproximava para aterrizar no aeroporto doméstico Ronald Reagan. De acordo com dados do controlador aéreo, o avião sofreu uma rápida queda de altitude sobre o Rio Potomac. Estava a apenas 122 metros de altura e a pouco mais de 600 quilômetros por hora no momento do impacto.
O avião se aproximava do aeroporto com uma velocidade de cerca de 225 quilômetros por hora, a uma altitude de 400 pés (120 metros), quando perdeu altura repentinamente sobre o rio Potomac. Poucos minutos antes, a torre de controle havia perguntado à tripulação se seria possível usar uma pista mais curta no Ronald Reagan, e os pilotos responderam que sim.

Acidentes sem vítimas e quase desastres aéreos tem se tornado frequentes nos EUA.
Menos de 30 segundos antes da colisão, um controlador de tráfego aéreo perguntou aos militares do helicóptero se eles haviam visto o CRJ-701. Um vídeo mostra o momento do impacto.
Todas as decolagens e aterrissagens do aeroporto foram interrompidas enquanto helicópteros da polícia sobrevoam a região em busca de sobreviventes.
Entre os passageiros do voo estavam atletas, treinadores e familiares ligados ao programa de patinação artística dos Estados Unidos que retornavam de um acampamento realizado em paralelo ao campeonato nacional desse esporte.
Entre os passageiros também estavam incluindo os russos radicados nos EUA Evgenia Shishkova, Vadim Naumov e Inna Volyanskaya. O Kremlin expressou condolências “à famílias e aos amigos que perderam entes queridos”.
Trump diz que tragédia poderia ser evitada
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, lamentou a tragédia e afirmou que ela poderia ter sido evitada.
Ele questionou a rota do helicóptero ao falar que a torre de controle errou ao não dizer o que a aeronave militar deveria fazer.
“O avião estava em uma linha perfeita e de rotina para se aproximar do aeroporto. O helicóptero foi em direção ao avião por um longo período de tempo. Era uma noite clara, as luzes do avião estavam brilhando, por que o helicóptero não foi para cima, para baixo ou não virou? Por que a torre de controle não disse ao helicóptero o que fazer em vez de perguntar se eles tinham visto o avião? Essa situação é muito ruim e parece que poderia ter sido prevenida”, escreveu o magnata na rede social Truth.
(*) Com Ansa.