Fumaça preta: primeira votação no conclave não forma maioria por novo papa
133 cardeais reunidos no Vaticano não conseguiram escolher sucessor de Papa Francisco na sessão desta quarta (07/05)
Atualizada em 07 de maio, às 16h30
Os 133 cardeais reunidos no conclave na Capela Sistina, no Vaticano, ainda não conseguiram escolher o sucessor do papa Francisco na primeira votação, realizada nesta quarta-feira (07/05).
A fumaça preta que saiu da chaminé da Capela Sistina às 16h (horário de Brasília) indicou que nenhum participante obteve a maioria de dois terços dos votos necessária para eleger o novo pontífice, ou seja, 89.
O resultado produzido pela queima dos votos dos cardeais foi recebido pelo público presente na Praça São Pedro com decepção. Cerca de 45 mil fiéis, segundo o Vaticano, esperavam uma fumaça branca e os sinos para celebrar a escolha do novo papa.
Com o término da primeira votação, os cardeais seguem confinados na Casa Santa Marta, e o conclave para eleger o sucessor de Jorge Bergoglio continua na próxima quinta-feira (08/05), com duas votações pela manhã e outras duas à tarde, ou até que um dos participantes obtenha o quórum necessário para ser escolhido o novo líder da Igreja Católica Romana.
Conclave
O conclave ocorre após a morte do argentino, de 88 anos, no último dia 21 de abril, em decorrência de um AVC seguido de uma parada cardiocirculatória, depois de uma batalha contra uma pneumonia bilateral.
Dos 133 cardeais que participam do conclave, 108 foram nomeados pelo papa Francisco. Os outros 25 foram escolhidos por seu antecessor, Bento XVI.
Inicialmente havia 135 cardeais habilitados para participar do próximo conclave, mas dois deles já anunciaram que não estarão presentes, por motivos de saúde. São os casos do cardeal espanhol Antonio Cañizares Llovera e do cardeal bósnio Vinko Puljic. Ambos têm 79 anos e estão entre os mais velhos do colégio eleitoral.

Alvesgaspar/Wikicommons
Primeiro dia de conclave
O processo para a escolha de um novo papa começou nesta quarta-feira na Capela Paulina do Palácio Apostólico, onde todos os religiosos fizeram uma oração simultaneamente, presidida pelo secretário do Estado da Santa Sé, Pietro Parolin.
Após a oração, os 133 cardeais fizeram o juramento primeiro coletivamente e depois individualmente, um por um, de que seriam “fiéis à sua tarefa em caso de eleição como papa” e também quanto aos trabalhos do conclave.
O dia também é marcado pela desativação de redes telefônicas no Vaticano enquanto o conclave durar. A medida é feita para evitar que os cartões eleitorais sejam contatados pelo mundo exterior e, além disso, garantir que o voto dos cardeais não seja influenciado.
(*) Com Ansa
