Incêndios florestais na Coreia do Sul são contidos após uma semana de operações de combate

As autoridades sul-coreanas informaram que os incêndios florestais, que se espalharam para cinco cidades e condados na região sudeste do país, foram contidos nesta sexta-feira (28/03), após 149 horas seguidas de operações de combate. Declarada pelo presidente interino da Coreia do Sul, Han Duck Soo, uma crise “sem precedentes”, os fogos que tomaram proporções resultaram na morte de 28 pessoas, enquanto 33 mil foram deslocadas forçadamente.  

O incêndio começou em Uiseong, província de Gyeongsang do Norte, há exatamente uma semana atrás. Em decorrência do tempo seco e da intensidade dos ventos, as chamas se espalharam rapidamente e a Coreia do Sul perdeu cerca de 48 mil hectares de floresta, o equivalente a 80% do tamanho de Seul, ou “63.245 campos de futebol”, de acordo com a agência sul-coreana de notícias Yon Hap.

Os fogos não afetaram somente áreas do interior como Andong, cidade que abriga áreas declaradas patrimônio da humanidade pela Unesco, além de Cheongsong e Yeongyang. Eles também atingiram locais como Yeongdeok, no Mar do Leste, a 80 quilômetros de distância de onde o incêndio começou.

De acordo com o Serviço Florestal da Coreia do Sul (KFS, na sigla em inglês), as chuvas noturnas contribuíram para o trabalho dos bombeiros, à medida que a ventania diminuía.

Ao todo, as operações de combate contaram, em um primeiro momento, com a mobilização de cerca de 5.580 profissionais, 86 helicópteros e 569 caminhões de bombeiros. As autoridades florestais também acrescentaram outros 43 helicópteros para apagar os incêndios que restavam nas áreas afetadas, incluindo quatro das Forças dos Estados Unidos e 13 das Forças Armadas nacionais.

Em visita à cidade de Andong, nesta sexta-feira, o presidente interino Hand prometeu que “o governo fornecerá todos os recursos e apoio administrativo disponíveis até que os danos dos incêndios florestais sejam completamente resolvidos”.

As causas dos incêndios florestais desta vez, que se consolidaram como os piores da história do país, ainda seguem sendo investigadas. Em 2000, a Coreia do Sul enfrentou a sua segunda maior tragédia do tipo na região da costa leste, registrando 23.794 hectares danificados.