Quinta-feira, 10 de julho de 2025
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A polícia de Londres prendeu nesta quinta-feira (21/11) dois suspeitos de ter mantido três mulheres em cárcere privado durante 30 anos, segundo informou em comunicado. Um homem e uma mulher foram detidos no desdobramento de uma investigação sobre escravidão e trabalhos forçados. As mulheres foram resgatadas pela Scotland Yard em outubro.

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As vítimas são uma mulher malaia de 69 anos, uma irlandesa de 57 e uma britânica de 30. A última, segundo a polícia, passou a vida inteira na casa e nunca havia saído dela. O detetive Kevin Hyland, da unidade de tráfico humano da Scotland Yard, informou que as três estão “muito traumatizadas” e foram levadas juntas para um lugar seguro. Os policiais afirmaram que nunca haviam visto um caso de cárcere privado com esta “magnitude” antes.

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Reprodução Freedom Charity

Aneeta Prem, fundadora da Freedom Charity: mulheres detidas por 30 anos eram tratadas como “escravas domésticas”

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Apesar de as mulheres terem sido libertadas em outubro, a polícia só prendeu os suspeitos nesta manhã, depois de “estabelecer os fatos”. Segundo informações oficiais, eles não são britânicos e têm mais de 60 anos. 

Três vítimas foram resgatadas em outubro pela Scotland Yard; segundo os policiais, elas eram "escravas domésticas"

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O resgate das vítimas foi facilitado pela organização beneficente Freedom Charity, que ajuda pessoas em casos de casamentos forçados e violência, contatada pelas mulheres depois que uma delas viu sua porta-voz, Aneeta Prem, na televisão. Prem descreveu a mulher como sendo “enormemente corajosa” e chamou o caso de “história de grande esperança”. Ela afirmou ainda que as três eram “basicamente tratadas como escravas domésticas”.

Prem disse à emissora de televisão Sky que o resgate foi feito uma semana depois de as mulheres terem contactado a Freedom Charity, mas, não especificou as datas exatas em que ocorreram essas ações. “Elas tinham a sensação de que estavam em grande perigo”, disse. Tanto Prem quanto a polícia negaram que haja indícios de que as mulheres sofressem abusos sexuais.

“Aplaudimos as ações da Freedom Charity e trabalhamos juntos para apoiar estas vítimas. Iniciamos uma ampla investigação para estabelecer os fatos em torno destas sérias acusações”, afirmou Hyland.