Sexta-feira, 16 de maio de 2025
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A cidade de Ventimiglia di Sicilia, no sul da Itália, virou foco do noticiário em seu país após a revelação do caso em que um morador local foi encontrado mumificado em sua residência, por parentes que foram visitá-lo.

Giuseppe Zagone tinha 92 anos e vivia há três anos com Antonino, um de seus filhos, mas seus familiares afirmaram à meios locais que não recebiam notícias de ambos há mais de um ano, por isso decidiram viajar à cidade para a visita.

Quando os familiares chegaram à casa, neste domingo (29/12), encontraram o corpo de Giuseppe mumificado e enrolado em um edredom. Antonino, de 62 anos, não estava no local e não foi localizado desde então.

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Segundo a imprensa local, a autópsia realizada a pedido do Ministério Público da região de Termini Imerese revela que o homem morreu há pelo menos um ano.

No entanto, também foi informado que o falecido continuava recebendo mensalmente sua aposentadoria, já que seu falecimento não era de conhecimento público, o Instituto Nacional de Previdência Social italiano.

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Essa informação levou as autoridades a deduzirem que Antonino ocultava a morte do pai para continuar recebendo sua aposentadoria, que acumulou, durante o período do ocultamento, um valor total de pouco mais de 30 mil euros (cerca de R$ 192 mil reais).

A polícia local também informou que o caso está sendo investigado e que, caso seja comprovada a fraude por parte de Antonino, ele terá que devolver o valor das aposentadorias.

Giornale di Sicilia
Rua da cidade de Ventimiglia di Sicilia, onde está a casa na qual foi encontrado o corpo de Giuseppe Zagone

Semelhança com ‘Caso do Tio Paulo’

O caso se assemelha ao que ocorreu em abril deste ano, no Rio de Janeiro, em que Érika Souza, que buscava para adquirir um empréstimo em um banco em nome de seu tio, Paulo Roberto Braga, chegou à agência com ele já morto e tentou disfarçar o falecimento de forma a concluir o trâmite.

Diferentes vídeos que foram compartilhados nas redes sociais comprovaram que o Tio Paulo estava vivo quando sua sobrinha o levou para a agência, mas também mostraram que, ao perceber que ele estava morto, tratou de aparentar normalidade. As imagens tiveram repercussão no Brasil e no mundo.

Érika chegou a ser presa, acusada de estelionato e vilipêndio a cadáver, mas terminou sendo solta em maio passado. Ela continua sendo ré no caso, mas responde ao processo em liberdade.

 

* Com informações de Ansa.