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SUB40

SUB40 - Verónika Mendoza: Direita peruana defende status quo e não escuta demandas por mudanças

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Em entrevista a Breno Altman na última edição do SUB40, candidata da esquerda à Presidência do Peru falou sobre conservadorismo e crise política peruana

Redação Opera Mundi

São Paulo (Brasil)
2020-12-04T18:14:00.000Z

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Na edição do programa SUB40 desta quinta-feira (03/12), o fundador de Opera Mundi, Breno Altman, conversou com candidata da aliança eleitoral de esquerda Juntos Por El Perú à presidência do país, Verónika Mendoza, que falou sobre as demandas da sociedade por mudanças e crise política peruana.

A ex-deputada afirmou que a direita do Peru quer "manter" o atual cenário e o "status quo" da política do país. Para Mendoza, a ala conservadora "não quer escutar que há uma nova demanda de mudança". 

"Há algo peculiar nas eleições de 2021. Os conservadores e a direita defendem o status quo. [Mesmo] nas recentes mobilizações, eles não querem escutar que há novas demandas de mudanças. Esse cenário eleitoral se configura entre os que querem manter o status quo, entre aqueles que querem manter privilégios e os que querem mudanças, igualdades e oportunidades", disse. 

Segundo a peruana, há candidaturas da direita que apoiaram a saída de Martín Vizcarra e "não se importam com as demandas da sociedade", estão interessados em ter "acesso ao poder, ter suas imunidades e negócios". "Eles assistiram em silêncio o terrível abuso policial nas manifestações das últimas semanas que acabou com a vida de dois jovens que estavam protestando e defendendo a democracia", declarou. 

Crise peruana

Altman e Mendoza ainda conversaram sobre a atual crise no Peru, que teve três presidentes em poucas semanas. A candidata afirmou que essa situação "não começou com a saída de Vizcarra", que, na verdade, é uma crise de "anos e décadas". 

"Sintoma disso é que todos os nossos ex-presidentes eleitos democraticamente após a ditadura fujimorista estão processados por corrupção. E junto a eles estão seus ministros, governadores e grandes empresários, que também estão processados por corrupção. Essas pessoas representam uma institucionalidade política que não dá mais e não representa a cidadania", disse. 


O programa

Todas as quintas-feiras, o fundador de Opera Mundi entrevista, ao vivo, uma personalidade da nova geração que está pautando a discussão política e cultural no país. O nome do programa, SUB40, vem a partir daí: uma conversa com as novas caras do debate público – aqueles com até 40 anos (ou um pouco mais) – para entender suas ideias e antecipar tendências.

Os espectadores também podem participar e fazer perguntas, por meio do chat do YouTube. As questões serão selecionadas e feitas por Altman para o entrevistado.

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Notas internacionais

Notas internacionais: eleições no Equador e no Peru - 12 de abril de 2021

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Equador e Peru foram às urnas eleger seus novos presidentes, com resultados que surpreenderam

Ana Prestes

Brasília (Brasil)
2021-04-12T22:11:48.000Z

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EQUADOR: No Equador, o candidato da direita, Guilherme Lasso, do movimento Criando Oportunidades (CREO), em aliança com o Partido Social Cristão (PSC), venceu o segundo turno das eleições presidenciais com 52,5% dos votos contra 47,50 de Arauz. Havia muita expectativa em torno da candidatura do economista Andrés Arauz, que pontuava na dianteira nas pesquisas durante quase todo o período de campanha do segundo turno que durou dois meses. Nos dias que antecederam o domingo eleitoral (11) as pesquisas já apontavam perda de fôlego de Arauz e subida de Lasso. De todo modo, as pesquisas de boca de urna davam vitória apertada para Arauz. A Cedatos chegou a dar 53,2% a 46,7%. 

Lasso é um homem de 65 anos, historicamente vinculado ao setor financeiro, em especial ao Banco de Guayaquil, tendo sido ministro da economia do governo de Jamil Mahuad (1998-2000). Esta é a terceira vez que ele concorre à presidência do Equador (2013, 2017, 2021). Nas eleições anteriores ele ficou em segundo lugar. Um dos fatores que impactou muito no resultado eleitoral foi o fracionamento do movimento indígena. A Confederação das Nacionalidades Indígenas do Equador (CONAIE) decidiu em seu conselho ampliado, no dia 10 de março, pelo voto nulo. No entanto, uma parte das nacionalidades amazônicas divergiram e foram acompanhadas do presidente da Conaie, Jaime Vargas, na declaração de apoio a Arauz. Vargas chegou a dizer em um encontro no dia 3 de abril, em Sucumbíos, que “suas propostas (de Arauz) têm o respaldo absoluto do movimento indígena”. No dia 4 de abril veio a reação do conselho dirigente da Conaie ao dizer que ia “impulsionar o voto nulo” e que “não cai em jogo eleitoral”. A apuração está apontando para um milhão e seiscentos mil votos nulos. O universo de votantes é de 13 milhões. (Com infos de resumenlatinoamericano.org)

PERU: O domingo também foi de eleições no Peru. Uma eleição que era extremamente imprevisível, com 18 candidatos concorrendo, teve um resultado de primeiro turno surpreendente. O candidato Pedro Castillo, professor e sindicalista, do Partido Político Nacional Peru Livre, obteve a maior votação, com 16%. Seguido de três candidatos com pouco mais de 10%: Hernando de Soto (Avança País), Keiko Fujimori (Força Popular), Jonhy Lescano (Ação Popular) e Rafael López Aliaga (Renovação Popular). Veronika Mendoza (Juntos por Peru) pontua com 8,8%. Aquele que apontou por um tempo como primeiro colocado nas pesquisas, o jogador de futebol George Forsyth (Vitória Nacional) está com 6,4%. Esses ainda são dados preliminares da Ipsos Perú para a América Televisión. 

Pedro Castillo tem 51 anos e ganhou notoriedade no país ao encabeçar uma prolongada greve nacional do magistério em 2017 e ao longo da campanha nunca pontuou entre os prováveis mais votados nas pesquisas. Uma de suas propostas é trocar a atual Constituição do país convocando uma Assembleia Constituinte. Ele se posicionou nas eleições contra o recorte de gênero no currículo escolar e disse que em um eventual governo seu não se legalizaria o aborto, o casamento homoafetivo e a eutanásia. Pautas polêmicas no país. Propõe ainda 10% do PIB para saúde e educação. As últimas pesquisas apontavam para uma liderança de Lescano. O segundo turno será em 6 de junho e o novo presidente assume em 28 de julho. Os peruanos também votaram ontem (11) para renovar o Congresso, que é unicameral e possui 130 cadeiras. A tendência é de que a votação para o parlamento tenha sido fragmentada e atomizada tal como a presidencial. O Peru vive uma crise institucional prolongada, sendo que dos dez presidentes que o país teve desde os anos 80, sete foram presos nos últimos anos envolvidos em escândalos de corrupção.

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