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SUB40

Paula Nunes: mandato coletivo rompe com lógica personalista da política

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Covereadora paulistana explicou mecanismo e detalhou os próximos passos para sua regulamentação; veja vídeo na íntegra

Camila Alvarenga

Madri (Espanha)
2022-05-06T13:18:00.000Z

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No programa SUB40 desta quinta-feira (06/05), o fundador de Opera Mundi, Breno Altman, entrevistou a advogada Paula Nunes, que é covereadora da Bancada Feminista do PSOL em São Paulo, sobre mandatos coletivos.

A Bancada Feminista do PSOL é o primeiro mandato coletivo eleito, junto com o Quilombo Periférico, da mesma legenda, da cidade de São Paulo. Foi o mais votado do país e é composto por Nunes e outras quatro mulheres: Silvia Ferraro, Carolina Iara, Dafne Sena e Natália Chaves.

“É uma cadeira no Parlamento que foi disputada coletivamente por todas nós. O objetivo é projetar a representação para uma projeto político, não só para uma pessoa, é romper com a lógica personalista de fazer política que é muito perigosa na política brasileira e que acontece muito”, explicou.

Para a advogada, a modalidade, além de ser mais democrática, representa uma série de vantagens para os eleitores, por exemplo “a de estar em vários lugares ao mesmo tempo”, enraizada nos movimentos sociais e participando, ao mesmo tempo, das discussões do plenário e da votação de projetos de lei. 

Isso é possível porque, apesar de o mandato coletivo existir, ele não está previsto legalmente, de modo que a titular é Ferraro, ainda que ela esteja presente na Câmara como outras da Bancada Feminista. Por mais que as decisões sempre sejam tomadas entre as cincos, é Ferraro quem age como porta-voz e participa de votações e intervenções, na maior parte das vezes. Formalmente, as demais covereadoras têm a função de assessoras de mandato.

“Outro ponto vantajoso é a amplitude de temas que o mandato coletivo permite. Segurança pública, saúde, movimento socioambiental, luta LGBTQI+. Isso acontece porque somos várias. É difícil uma pessoa só ser especialista em vários temas, mas poder acumulá-los ajuda muito a travar várias lutas”, agregou.

É por isso que Nunes destacou que existem já projetos de lei para regulamentar o mecanismo, “para que as pessoas saibam o que digitar na urna, quais são os limites dos mandatos coletivos, entre outros fatores”. Em 2020, foram quase 300 candidaturas coletivas e cerca de 30 eleitas.

Reprodução/ @panunes_
Para Nunes, mandatos coletivos são mais democráticos dentro da política brasileira

Eleições

A tendência deve se repetir este ano. Aliás, a própria covereadora afirmou que formará parte de uma candidatura coletiva da Bancada Feminista do PSOL, composta apenas por mulheres negras, para a Assembleia Legislativa do estado de São Paulo.

“Entendemos que o movimento negro foi um movimento de vanguarda em vários momentos, inclusive puxando as manifestações do ‘Fora, Bolsonaro’. Nos localizamos na linha de frente. Para além disso, a Assembleia Legislativa é um espaço muito conservador que temos que disputar”, reforçou. Caso não seja eleita, Nunes voltará a seu posto de covereadora da capital paulista.

Sobre as eleições que se aproximam, a advogada também comentou sobre o apoio do PSOL à candidatura de Lula, “apesar de Geraldo Alckmin”, e a escolha por não lançar uma candidatura própria. Para ela, foi uma decisão acertada, “porque a nossa tarefa é a derrota do bolsonarismo”.

Nunes ressaltou que o pleito não está ganho, que Jair Bolsonaro “não joga o jogo da democracia” e que, portanto, criar uma unidade de enfrentamento entendendo que Lula é o único capaz de derrotá-lo “é uma decisão muito correta”, mesmo que Alckmin seja o vice da chapa.

Nesse sentido, o papel do PSOL seria contribuir para levar a candidatura e o projeto de Brasil mais à esquerda, estabelecendo um programa político de reconstrução do país e de combate às reformas conservadoras feitas a partir do governo de Michel Temer.

“Sem falar que mesmo depois de derrotar Bolsonaro, o bolsonarismo não vai estar morto, precisamos trabalhar também para essa derrota”,  sublinhou.

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Guerra na Ucrânia

Rússia diz que assumiu o controle total de Lugansk

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Ministério da Defesa da Rússia afirma que suas tropas tomaram a cidade estratégica de Lysychansk, assegurando o controle da região de Lugansk, no leste da Ucrânia

Redação

Deutsche Welle Deutsche Welle

Bonn (Alemanha)
2022-07-03T20:53:00.000Z

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A Rússia reivindicou neste domingo (03/07) o controle de toda a região de Lugansk, no leste da Ucrânia, após a conquista da cidade estratégica de Lysychansk, que foi palco de intensos combates.

Segundo o Ministério da Defesa da Rússia, o titular da pasta, Serguei Shoigu, informou oficialmente "o comandante em chefe das Forças Armadas russas, Vladimir Putin, sobre a libertação da República Popular de Lugansk".

Mais tarde, o Estado-Maior da Ucrânia confirmou em um comunicado publicado no Facebook que as tropas ucranianas foram forçadas a se retirar de Lysychansk,

"Depois de intensos combates por Lysychansk, as Forças de Defesa da Ucrânia foram forçadas a se retirar de suas posições e linhas ocupadas", disse o comunicado.

"Continuamos a luta. Infelizmente, a vontade de aço e o patriotismo não são suficientes para o sucesso - são necessários recursos materiais e técnicos", disseram os militares.

Lysychansk era a última grande cidade sob controle ucraniano na região de Lugansk.

Na manhã deste domingo, o governador ucraniano da região de Lugansk, Serguei Gaidai, já havia sinalziado que as forças da Ucrânia estavam perdendo terreno em Lysychansk, uma cidade de 100.000 habitantes antes da guerra. "Os russos estão se entrincheirando em um distrito de Lysychansk, a cidade está em chamas", disse Gaidai no Telegram. "Eles estão atacando a cidade com táticas inexplicavelmente brutais", acrescentou.

A conquista de Lysychansk - se confirmada - pode permitir que as tropas russas avancem em direção a Sloviansk e Kramatorsk, mais a oeste, praticamente garantindo o controle da região, que já estava parcialmente nas mãos de separatistas pró-russos desde 2014.

Militärverwaltung der Region Luhansk/AP/dpa/picture alliance
Lysychansk está em ruínas após combates entre as forças russas e ucranianas

No sábado, um representante da "milícia popular de Lugansk" havia afirmado que os separatistas e as tropas russas haviam cercado completamente Lysychansk, algo que foi inicialmente negado pela Ucrânia

Explosões em cidade russa

Ainda neste domingo, a Rússia acusou Kiev de lançar mísseis na cidade de Belgorod, perto da fronteira entre os dois países.

"As defesas antiaéreas russas derrubaram três mísseis Totchka-U lançados por nacionalistas ucranianos contra Belgorod. Após a destruição dos mísseis ucranianos, os restos de um deles caíram sobre uma casa", informou o porta-voz do ministério da Defesa russo, Igor Konashenkov.

O governador da região, Viacheslav Gladkov, já havia anunciado anteriormente a morte de pelo menos três pessoas em explosões naquela cidade.

As acusações levantadas por Moscou foram divulgadas um dia depois de a Ucrânia denunciar o que chamou de "terror russo deliberado" em ataques na região da cidade ucraniana de Odessa.

Segundo autoridades militares e civis ucranianas, pelo menos 21 pessoas, incluindo um menino de 12 anos, foram mortas na sexta-feira por três mísseis russos que destruíram "um grande edifício" e "um complexo turístico" em Serhiivka, uma cidade na costa do Mar Negro, a cerca de 80 km de Odessa, no sul da Ucrânia.

"Isso é terror russo deliberado e não erros ou um ataque acidental com mísseis", denunciou o presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, na noite de sexta-feira, enquanto as autoridades locais asseguraram que "não havia qualquer alvo militar" no local dos ataques.

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