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Super-Revolucionários

Martin Luther King Jr., o sonho da igualdade

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“Eu tenho um sonho de que minhas quatro pequenas crianças vão um dia viver em uma nação onde elas não serão julgadas pela cor da pele, mas pelo conteúdo de seu caráter”

Haroldo Ceravolo Sereza
Fernando Carvall

São Paulo (Brasil)
2021-01-12T13:45:00.000Z

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Martin Luther King Jr. (1929-1968) é um dos nomes mais importantes da luta negra nos Estados Unidos. Nascido em Atlanta, na Geórgia, King era filho e neto de pastores batistas que já atuavam na luta contra a segregação racial e apresentou, desde cedo, um alto grau de consciência da discriminação que os negros sofriam.

Líder religioso, Luther King Jr. foi um dos mais importantes articuladores e oradores do movimento pelos direitos civis. Esse engajamento e a forma de luta escolhida – a resistência pacífica, inspirada em Gandhi e Henry David Thoreau – deram uma força extraordinária às mobilizações por igualdade.

Em 1968, Martin Luther King Jr. foi assassinado em Memphis, no estado do Tennessee, depois de uma implacável campanha do governo dos Estados Unidos contra sua reputação, com o uso, inclusive, da divulgação de casos extraconjugais como arma de desmoralização. O assassino, James Earl Ray, fez uma longa viagem em busca de Luther King Jr., passando por Atlanta antes de chegar a Memphis. A família de Luther King Jr. acredita que houve uma conspiração e que James Earl Ray não atuou sozinho.

King Jr. não era marxista. Nem por isso deixou de ser um campeão da luta pela igualdade e um orador revolucionário. Com ele, o baralho publicado por Opera Mundi ganha mais uma carta.

O projeto Super-Revolucionários foi concebido por Haroldo Ceravolo Sereza e é ilustrado pelo artista plástico Fernando Carvall. Já foram publicadas cartas de Harvey Milk, Carlos Lamarca, Soong Ching-ling, Inês Etienne Romeu, Walter Benjamin, Emma Goldman, Florestan Fernandes, Pagu, Hugo Chávez, Rosa Parks, Vladimir Lênin, Clara Zetkin, Ernesto Che Guevara, Antonio Gramsci, Fidel Castro, Liudmila Pavlichenko, Luís Carlos Prestes, Frida Kahlo, Alexandra Kollontai, Bela Kun, Nelson Mandela, Mao Zedong, Simone de Beauvoir, Stálin, Marina Ginestà, Ho Chi Minh, Leon Trotsky, Olga Benario, Karl Marx, Salvador Allende, Tina Modotti, Carlos Marighella, Rosa Luxemburgo e Franz Fanon.

Numa análise séria, mas sem perder o humor jamais, atribuem “notas” à atuação desses grandes nomes da luta por um mundo mais justo e solidário.

Em breve, um jogo inspirado no antigo Super-Trunfo será lançado junto com um livro com essas breves biografias, uma forma de homenagear e apresentar esses homens e mulheres que mudaram o mundo.

As avaliações são provisórias e estão sujeitas a modificação.


REBELDIA 8

Luther King Jr. estudou teologia na Universidade de Boston. Em 1954, já pastor batista, assumiu um posto na cidade de Montgomery, no Alabama. Já em 1955, mostrou definitivamente seu engajamento, quando Rosa Parks, uma trabalhadora negra e militante de base da NAACP (National Association for the Advancement of Colored People), recusou-se a dar lugar num ônibus a um homem branco. Luther King Jr. abraçou a causa e tornou-se o primeiro presidente da Montgomery Improvement Association, ponto de partida para uma rearticulação nacional da luta pelos direitos civis.

DISCIPLINA 7

Luther King Jr. não mediu esforços para transformar a luta no Alabama num estopim de um grande movimento nacional. Sua atuação incansável em comícios, cultos religiosos e associações foram centrais para que essa luta alcançasse inúmeras conquistas.

TEORIA 8

Como um pastor progressista, o conhecimento teológico de King Jr. foi mobilizado em favor da igualdade. Além disso, o líder negro pautou-se pelas ideias de resistência pacífica de Gandhi e pelo direito à desobediência civil de Henry David Thoreau.

POLÍTICA 9

King Jr. foi um campeão da articulação de diferentes organizações e movimentos negros norte-americanos. No verão de 1963, a marcha sobre Washington, organizada por ele, levou 250 mil pessoas à capital do país. É nesse momento que King Jr. produz uma das mais pelas páginas da oratória pela igualdade, com o discurso que ganhou, posteriormente, o nome de “Eu tenho um sonho” (“I have a dream”).

COMBATIVIDADE 9

A atuação de Martin Luther King Jr. jamais confundiu resistência pacífica com imobilismo. Por anos, ele foi perseguido pelo FBI e pela CIA, por supostas ligações com comunistas norte-americanos. Apesar da perseguição, Luther King Jr. jamais abriu mão de atuar ao lado Stanley David Levison, um advogado branco novaiorquino, principal razão da suspeita. Em 1967, um ano antes de ser assassinado, fez um duro discurso contra a Guerra do Vietnã.

INFLUÊNCIA 10

A atuação de Martin Luther King Jr. levou-o a receber o Prêmio Nobel da Paz em 1964. Sua pregação pacifista e sua admirável retórica ajudaram a consolidar fortes alianças no movimento negro, inclusive com grupos mais radicais. Seus discursos anti-imperialistas e suas críticas ao capitalismo abriram caminhos para o fortalecimento de diversas lutas sociais, além daquelas que ajudou a construir diretamente.

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Notas internacionais

Poucos dias antes da posse, secretário interino de Segurança Nacional dos EUA renuncia

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Transição de governo, ações dos EUA contra Cuba, encontro ambiental na França e vacinas pelo mundo: destaques desta terça, 12 de janeiro

Ana Prestes

Brasília (Brasil)
2021-01-12T14:16:38.000Z

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- Vencido o prazo que havia sido dado a Mike Pence, vice-presidente dos EUA, para que se decidisse sobre o uso da 25ª emenda constitucional dos EUA para afastar Donald Trump da presidência, parlamentares democratas sustentam que pretendem votar amanhã (13/01) o pedido de impeachment protocolado na casa ontem (11/01). Será o segundo processo de impedimento enfrentado por Trump na casa. Há um ano exatamente entre dezembro e janeiro ele enfrentou processo semelhante, que foi aprovado na Câmara dos Representantes, mas rejeitado no Senado. Desta vez, o processo pode decorrer mesmo que ele já esteja fora da Casa Branca, pois daqui a 8 dias, no dia 20 de janeiro, toma posse o presidente eleito Joe Biden. O argumento utilizado para o pedido de impeachment é “incitação à insurreição”, em referência ao estímulo dado por Trump aos seus apoiadores, que invadiram o Capitólio no último dia 6 de janeiro durante sessão conjunta do congresso que referendou a eleição de Biden no colégio eleitoral. Por enquanto, segundo notícias da imprensa americana, o processo seria aprovado por estreita margem, com votos de democratas e republicanos.

- Outro evento que preocupa as autoridades em Washington é a posse presidencial do próximo dia 20. Ontem (11/01) o secretário interino do Departamento de Segurança Interna, Chad Wolf, responsável por coordenar a segurança da solenidade, renunciou ao cargo. Embora suas alegações para a renúncia tenham sido outras, que não a invasão do Capitólio e pressão para garantir a segurança no dia 20, o ato foi entendido como parte da tensão pré-posse presidencial. Ele será substituído por Peter Gaynor, hoje administrador da Agência Federal de Gerenciamento de Emergências. Também ontem (11/01), o FBI emitiu alerta sobre possíveis protestos armados que podem ocorrer nos 50 estados do país e em Washington entre o dia 15 e o dia 20 de janeiro. Estima-se que 15 mil soldados da Guarda Nacional serão enviados a Washington. Tradicionalmente, o juramento do novo presidente é feito no lado externo do Capitólio. Desta vez, avalia-se o grau de segurança que pode ser garantido a Biden para fazer o mesmo. A probabilidade maior é de que Trump não compareça à cerimônia (algo inédito nos séculos 20 e 21). Fala-se que ele partirá para seu resort de Mar-a-Lago, na Flórida, um dia antes. Ironicamente, o tema escolhido pelos organizadores para o evento de posse deste ano será “América Unida”.

- Circulam informações de que Trump estaria considerando conceder perdão presidencial a si mesmo antes de terminar seu mandato. Seria uma forma de se esquivar de futuras investigações e condenações. No bolo dos perdões, entrariam ainda seus filhos Donald Trump Jr., Eric Trump e Ivanka Trump (e seu esposo Jared Kushner), além de Rudolph Giuliani, advogado que tem dado a cara a tapa nas investidas públicas e judiciais para provar que houve fraude eleitoral no pleito presidencial de 2020. Seria algo inédito na história dos EUA, um auto perdão presidencial.

- Ainda sobre Trump e seus últimos atos como presidente, ontem (11/01) foi dia dele avançar mais na sua agenda agressiva contra Cuba enquanto ainda pode. Faltando nove dias para o encerramento de sua gestão, o presidente incluiu Cuba na lista de “Estados patrocinadores de terrorismo”. A ilha havia sido retirada da lista em 2015 por Obama. Pompeo, que foi o autor material da medida, entre outras coisas, disse que Cuba tem uma “interferência maligna” sobre a Venezuela. Além de Cuba, estão nesta lista o Irã, a Coreia do Norte e a Síria. Países que sofrem severas sanções econômicas internacionais por fazerem parte desse “grupo”. O chanceler cubano, Bruno Rodríguez, respondeu via twitter: “o oportunismo político desta ação é reconhecido por todo aquele que tiver uma preocupação honesta diante do flagelo do terrorismo e suas vítimas”. O sucessor de Pompeo na Secretaria de Estado, Antony Blinken, pode reverter a ação quando assumir o governo Biden, mas a burocracia pode levar meses.

- Aconteceu ontem (11/01) um evento organizado pelo presidente francês Emmanuel Macron e que contou com a participação de 50 países (Brasil não) sobre compromissos para deter o desmatamento e avançar na defesa da biodiversidade mundial. Organizadores dizem que o Brasil foi convidado, mas o Itamaraty alega que não recebeu convite. A meta do grupo é realizar um compromisso dos governos para ampliar medidas de proteção ambiental, com a meta de preservar 30% de área terrestre e 30% dos oceanos até 2030. Segundo o jornalista Jamil Chade, em sua coluna no UOL, um dos conceitos usados no encontro foi o de evitar a “importação de desmatamento”, que diz respeito a não importar produtos de países e regiões que estejam desmatando para produzir. Falou-se inclusive na elaboração de uma lei para “colocar fim à importação de desmatamento”. 

- Uma equipe da OMS fará uma visita à China a partir do próximo dia 14 como parte dos estudos para descoberta das origens da disseminação do novo coronavírus que gera a covid-19. Segundo autoridades chinesas, os técnicos farão “investigações conjuntas com cientistas chineses sobre as origens da covid”. O mundo está chegando aos 2 milhões de mortes oficiais de pessoas adoecidas após a infecção pelo vírus, além dos 90 milhões infectados registrados no planeta. 

- Premiê israelense Benjamin Netanyahu ordenou ontem (11/01) a construção de 800 casas para judeus na Cisjordânia ocupada. Território palestino colonizado pelos israelenses com apoio dos EUA. A ação desrespeita (como tantas outras de Israel) a lei internacional (resolução 242 do Conselho de Segurança da ONU). Estima-se que já passam de 500 mil os colonos israelenses vivendo na região da Cisjordânia. Netanyahu não deixou dúvidas sobre a ação em sua conta no Twitter: “estamos aqui para ficar”. Israel está com eleições marcadas para 23 de março (quarta eleição em 2 anos). 

- Repercutiu muito ontem (11/01) o anúncio da Ford de que vai fechar suas fábricas no Brasil (Camaçari- BA, Horizonte - CE e Taubaté – SP) e manterá sua operação na Argentina e no Uruguai. Em 2019 a fabricante de automóveis já havia fechado sua fábrica de São Bernardo do Campo – SP. A fábrica estava presente no Brasil há um século, desde 1919. Analistas do setor dizem que a Ford vem perdendo posições mundiais nos últimos 10 anos para outras fabricantes como a Hyundai e a Renault e a pandemia acabou por minguar ainda mais seus lucros no Brasil. Em dezembro passado, a Ford já havia anunciado um investimento de 580 milhões de dólares para a fabricação de um modelo específico (Ranger) de automóvel em sua fábrica na Argentina. Tudo indica que o potencial exportador da Ford na Argentina é bem maior que no Brasil. 

- O Reino Unido já chegou a 2 milhões de vacinados contra o coronavírus. São 200 mil vacinados por dia. Projeta-se que até meados de fevereiro os mais vulneráveis (14 milhões de pessoas) terão sido vacinados e todos os adultos até setembro. Israel também tem avançado a passos largos com a vacinação e pretende ser o primeiro país a eliminar a Covid via vacinação em massa da população. No Brasil, ainda impera a incerteza sobre a campanha de vacinação a ser realizada pelo Governo Federal. Uma notícia que circulou nos últimos dias é de que começará a ser produzida em Brasília no dia 15 próximo a vacina russa Sputnik V. Mais de 1,5 milhão e meio de pessoas já foram vacinadas com essa vacina do Centro Gamelaya russo em todo o mundo. Opera Mundi atualiza o número de vacinados pelo mundo. Dei uma olhadinha no site hoje (12/01) e aparecem os dados de que a China e EUA já aplicaram 9 milhões de vacinas em suas populações, cada, e na sequência vem Reino Unido e Israel.

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