O Rio de Janeiro sedia, em julho, o encontro de cúpula dos BRICS, mas a cidade já está sendo preparada para receber o principal fórum de articulação política do Sul Global. A prefeitura criou, inclusive, o Comitê Rio BRICS para coordenar todas as atividades e projetos relacionados à presidência brasileira do grupo e elaborar um calendário de eventos ao longo do ano.
O decreto de criação do comitê ressalta que a capital fluminense tem experiência em realizar eventos internacionais de grande porte, em cooperação com organismos internacionais, a sociedade civil e outras esferas política do país, a exemplo da Rio+20, dos Jogos Olímpicos de 2016 e a Cúpula do G20, realizada no ano passado.
O documento diz ainda que a Cúpula do BRICS consolida o Rio, enquanto capital brasileira de eventos internacionais estratégicos, para o avanço da diplomacia e das relações internacionais. O texto determina que, em até 60 dias, o comitê deve divulgar a nova marca comemorativa “Rio Capital dos BRICS”, semelhante ao slogan “Rio Capital do G20” utilizado em 2024.
Além disso, já prevê a possibilidade de apoio institucional e financeiro para projetos e eventos relevantes realizados por pessoas jurídicas de direito público, organizações internacionais, associações civis sem fins lucrativos, que possam ser inseridos no Calendário BRICS Rio.

Rio de Janeiro será a cidade sede do evento que deverá acontecer em julho de 2025
Assim como foi feito no âmbito do G20 em 2024, este ano, o Brasil é responsável por organizar e coordenar reuniões de grupos de trabalho temáticos, antes do encontro dos chefes de Estado do BRICS. Mais de 100 reuniões oficiais já estão previstas entre fevereiro e julho deste ano, mas todas em Brasília. Por enquanto, apenas o encontro de cúpula está confirmado para ocorrer no Rio de Janeiro.
Sobre o BRICS
Além do Brasil, o bloco é composto originalmente pela Rússia, Índia, China e África do Sul, o que explica a sigla BRICS, composta pelas iniciais de cada país. Mas, recentemente, novos membros foram admitidos: Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Irã.
O Brasil assumiu a presidência rotativa do grupo nessa quarta-feira (01/01), escolhendo o lema “fortalecendo a cooperação do Sul Global por uma governança mais inclusiva e sustentável” e cinco prioridades: facilitação do comércio e dos investimentos entre os países; governança inclusiva e responsável da Inteligência Artificial; melhorias no financiamento para enfrentar as mudanças climáticas; maior cooperação entre os países do Sul Global, com foco em saúde pública; e fortalecimento institucional do grupo.