Em junho de 1941, a jovem Lyudmila Pavlichenko cursava História na Universidade de Kiev quando a Alemanha invadiu a União Soviética.
Ela, que trabalhara numa fábrica de munições, correu para se alistar e pediu para juntar-se à infantaria e empunhar um rifle.
Nascia uma das principais heroínas da resistência ao nazismo.
Ela integrou o primeiro grupo de mulheres alistadas para o combate ao nazismo e tornou-se uma referência para as cerca de 2 mil franco-atiradoras do Exército Vermelho.
Um dos nazistas mortos por Pavlichenko era famoso na frente alemã por ter assassinado mais de 200 soldados soviéticos.
Ainda que haja algumas contestações a seus feitos, ela abateu mais nazistas.
Ao fim dos combates, a franco-atiradora contabilizava 309 nazistas mortos, sendo 36 deles também franco-atiradores.
Em 1942, Lyudmila foi ferida por estilhaços de um morteiro, sendo retirada da frente de batalha.
Tornou-se um exemplo de combatente e foi aos EUA, a convite do presidente Roosevelt.
Ela foi a primeira cidadã soviética a visitar a Casa Branca e, convidada por Eleanor Roosevelt, proferiu conferências nos EUA e no Canadá.
A atuação memorável na guerra levou Pavlichenko a receber, em 1943, a Estrela de Ouro dos Heróis da URSS. Também recebeu a Ordem de Lênin e atuou no Comitê Soviético de Veteranos de Guerra.
Após o conflito, Lyudmila retomou os estudos e concluiu o curso de História. Tornou-se pesquisadora do Quartel General da Marinha Soviética, participando de conferências e congressos.