Mulher, negra, militante LGBT, socialista e vereadora pelo PSOL, Marielle soube unir todas as lutas centrais para a emancipação do povo brasileiro.
Foi dançarina da equipe de funk Furacão 2000 e aos 18 trabalhou como educadora infantil em uma creche.
Aos 11 anos de idade, começou a trabalhar, ajudando os pais como camelô.
Mãe aos 19 anos, sua filha Luyara Santos foi um dos motivos que ajudou a revolucionária a lutar pelos direitos das mulheres.
Em 2002, passa a cursar ciências sociais na PUC-RJ, se formando com uma bolsa do Programa Universidade para Todos (Prouni), instituído no governo de Luiz Inácio Lula da Silva.
A militância de Marielle Franco em defesa dos direitos humanos começa após uma amiga ser morta durante uma troca de tiros entre policiais e traficantes na Maré, no Rio de Janeiro.
Militando pela causa LGBT, conhece Mônica Benício e inicia um relacionamento com a parceira que viveu até o momento de sua morte.
Em 2006, trabalhou como assessora parlamentar de Marcelo Freixo (PSOL) - cargo que ocupou por 10 anos.
Os debates que Marielle promoveu sobre questões de segurança pública, direitos das mulheres, comunidade LGBT e da população negra fizeram dela uma referência.
Em 2016, Marielle foi eleita vereadora da Câmara do Rio de Janeiro, com 46.502 votos.
No cargo, também presidiu a Comissão de Defesa da Mulher e foi escolhida, em 2018, para relatar uma comissão encarregada de monitorar a intervenção federal no Rio de Janeiro.
Em março de 2018, após dedicar à militância contra violência da polícia carioca, Marielle foi assassinada no RJ.
13 tiros atingiram o carro que ela estava, matando também o motorista Anderson Gomes.
Ainda a pergunta de quem mandou matar Marielle segue sem respostas.
No entanto, a luta de Marielle e seu assassinato marcaram a luta política brasileira e repercutiram internacionalmente.
A vereadora tornou-se um símbolo de luta e resistência.
A cidade de Paris, na França, por exemplo, deu o nome de Marielle a um jardim. Já o Estado do Rio transformou o 14 de março no “Dia Marielle Franco – Dia de Luta contra o genocídio da Mulher Negra”.
Por sua vez, o Congresso Nacional concedeu a ela, in memoriam, o Diploma Bertha Lutz, dedicado àquelas que defendem os direitos da mulher.