Nascida em Munique, Alemanha, em 1908, no seio de uma família classe média judia, Olga Benário se torna uma das principais lideranças comunistas do Brasil no século XX.
A revolucionária alemã começa sua militância aos 15 anos, quando filia-se ao Grupo Schwabing, uma divisão da então proibida Juventude Comunista de Munique.
À medida que lê os clássicos do marxismo e colabora com o Schwabing, Benário vai desenvolvendo firmeza ideológica.
A jovem se interessava por manuais de estratégia militar, depoimentos de grandes generais e relatos de importantes batalhas históricas.
Já adulta, Olga se torna secretária de Agitação e Propaganda do Partido Comunista Alemão.
Cinco anos depois, vivendo em Moscou, frequenta cursos da Internacional Comunista.
Em 1934, Benário assume a tarefa de fazer a segurança pessoal de Luís Carlos Prestes, que tinha a missão de trazer a revolução socialista ao Brasil.
Na ocasião, eles assumem um casamento de fachada, que, com o tempo, se tornaria real.
A revolta comunista não vigora e o casal passa a viver na clandestinidade. Em 1936, Benário estava grávida quando ambos são detidos e levados para a sede da Polícia Central no Rio de Janeiro.
Olga, com sete meses de gestação de sua filha, é presa e deportada à Alemanha nazista.
Em 1936, Anita Leocádia Prestes nasce dentro de uma prisão feminina de Berlim.
Em março de 1938, Olga é separada de Anita e levada para um campo temporário em Lichtenberg. No ano seguinte, ela é transferida para Ravensbrück.
Aos 34 anos, no dia 23 de abril de 1942, Olga é executada em uma câmara de gás dentro do campo de concentração.
Lutei pelo justo e pelo melhor do mundo. Não terão porque se envergonhar de mim. [...] preparar-me para a morte não significa que me renda, mas sim saber fazer-lhe frente quando ela chegue
Desenvolvimento: Duda Blumer
Texto Original: Fernando Morais, biógrafo de Olga Benário
Fotos: Flickr, Pixabay, Wikicommons e ilustração de Fernando Carvall